A Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo pagamento de indenizações a 130 mil vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, foi escolhida pelas Instituições de Justiça, nesta sexta-feira (7), para atuar também no caso de Mariana. A instituição supervisionará o trabalho de assessorias técnicas independentes que atuam no programa de reparação às vítimas do rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, em 2015.
O desastre de Mariana é considerado o maior da história ambiental brasileira. Provocou a morte de 19 pessoas, devastou o Rio Doce e atingiu cidades mineiras e capixabas. Até o momento, não se chegou a um acordo coletivo para compensação dos danos causados.
André Andrade, gerente executivo da FGV Projetos, avalia que a experiência da equipe em Brumadinho pode contribuir para que o processo de reparação coletiva em Mariana seja finalmente implementado. “A Fundação se firmou como gestora de programas de transferência de renda e acreditamos que nossa expertise será valiosa para viabilizar as indenizações em Mariana”, afirmou.
Atuação em Brumadinho
Em 2019, a Justiça de Minas Gerais homologou a escolha da FGV para gerir o programa de transferência de renda emergencial às vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. Desde então, a instituição é responsável pelo pagamento de auxílios financeiros a 130 mil pessoas atingidas pelo desastre.
De acordo com a Defensoria Pública de Minas Gerais, a FGV foi selecionada por sua reconhecida capacidade técnica e de gestão, além da estrutura operacional para atender à complexidade do caso. A instituição ficou incumbida de realizar os pagamentos, auditar as informações e gerenciar os recursos destinados ao programa.