O Novo confirmou uma chapa “puro sangue”, para a disputa da Prefeitura de Belo Horizonte no ano que vem. A dupla escolhida – e com pré-candidatura oficialmente lançada nesta quinta-feira (21) pelas redes – é a secretária de Planejamento, Luísa Barreto, como candidata a prefeita, e o ex-deputado Lucas Gonzalez como vice.
A escolha dos nomes não seguiu um longo processo: Luísa já tem experiência eleitoral como candidata à PBH em 2020, pelo PSDB, e desde o início do ano se filiou ao Novo. Ela atua no governo desde o “dia zero”, tendo auxiliado a equipe de transição ainda antes de Zema ser empossado. Em janeiro de 2019, foi convidada pelo então secretário de Planejamento, Otto Levy, a atuar como adjunta na Pasta. E o resto foi história. Já Lucas Gonzalez é considerado um nome de força dentro do Novo, com condições de reunir apoiadores importantes para a estrutura da campanha eleitoral.
A propósito, uma estratégia ousada do partido proporcionou a aproximação com Luísa Barreto, que até há poucos anos era, reconhecidamente, um quadro técnico ligado aos tucanos.
Em 2018, pouco depois da definição do nome de Zema como candidato, o então presidente do Novo em Minas, o atual secretário de Comunicação Bernardo Santos, procurou a ex-chefe de Planejamento dos governos Aécio e Anastasia, Renata Vilhena, para, entre outras coisas, tentar convencer Anastasia a não ser candidato e apoiar Zema. A estratégia, como sabido, não avançou – até porque, à época, provavelmente, só o próprio Bernardo acreditava na possibilidade de vitória do candidato novista.
Apesar da tentativa não ter sido exitosa, resultou em aproximação de Vilhena com o Novo, e uma vez Zema eleito, foi convidada para a equipe de transição e levou, junto, Luísa Barreto, conhecida assessora técnica, especialista em políticas públicas e gestão, bastante atuante no bloco de oposição ao governo Pimentel (PT) na Assembleia Legislativa.
Foi ao longo desse trabalho que a agora pré-candidata à prefeita se aproximou de vez da equipe do Novo e de Otto Levy.