Um acordo firmado entre lideranças da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e a equipe de Romeu Zema (Novo) na semana passada, antes da mudança no comando da Secretaria de Estado de Governo, é a principal aposta de deputados estaduais para uma mudança na relação com o Executivo na gestão das emendas parlamentares.
Pelo que O Fator apurou, o combinado é que, a partir de agora, emendas extras fruto de indicações de parlamentares precisam passar pelo crivo do presidente da ALMG, Tadeu Leite (MDB), que ficará a cargo de acompanhar a execução dos empenhos.
Na avaliação das lideranças, o acordo muda o peso das negociações, uma vez que, ao passar por Tadeu, os compromissos com os repasses por emendas teriam chances menores de não serem cumpridos.
As emendas extras são um dos pontos de maior tensão entre deputados e o governo. Segundo parlamentares, o Executivo ainda deve o repasse de acordos firmados há quase dois anos.
A Secretaria de Governo, cabe lembrar, não é mais liderada por Gustavo Valadares (PMN), que voltará a exercer o mandato de deputado estadual. O substituto será o ex-deputado Marcelo Aro, do PP, hoje no comando da Casa Civil. A tendência é que Aro acumule as funções.