Lucas Ragazzi
Depois de semanas de turbulência, a ‘família Aro’ enfim recebeu seu novo integrante: o senador licenciado e candidato à Prefeitura de Belo Horizonte, Carlos Viana (Podemos). O cessar-fogo entre ele e o grupo político, reconhecidamente liderado pelo secretário de Estado Marcelo Aro e pela deputada federal Nely Aquino (Podemos), aconteceu na última sexta-feira (24) e, nesta semana, evoluiu para a entrada “de cabeça” na eleição.
Na segunda-feira (26), Viana deu seu primeiro aceno público à ‘família’ ao participar do lançamento da campanha de Juliano Lopes (Podemos) à Câmara. Nesta quarta (28), está reunido ao longo do dia com dezenas de candidatos do grupo à Câmara. A ideia é formalizar que o senador faça agendas com quase todos os nomes apoiados pelo grupo político – espalhados em cinco partidos diferentes.
No cálculo de lideranças do grupo, a entrada da ‘família’ na campanha de Viana pode resultado relevante em pesquisas e na presença da imagem do candidato por Belo Horizonte. De fato, até a semana passada, a campanha do senador licenciado sofria problemas com estruturação de agendas.
O Fator apurou que o acordo passou não só pelo fim da disputa entre “vices”, mas também pela organização dos repasses do fundo eleitoral do Podemos – que terá parte também destinada a materiais gráficos de Viana com diversos candidatos à Câmara – e pela participação do candidato a prefeito nas regionais das principais lideranças do grupo.
Por consequência, também, há o interesse do grupo político na eleição de Viana por conta da cadeira no Senado – o advogado Castellar Neto, integrante da ‘família’, é o primeiro suplente e assumiria de vez o cargo como senador em um cenário de vitória de Viana em BH. Castellar já tem atuado como senador desde o início do mês, após licença de três meses de Viana.
