O incômodo de aliados de Marília com o secretário de Governo de Contagem

Questão, que envolve disputa pelas vagas na Câmara Municipal, será debatida em reunião nesta sexta-feira (13)
A campanha à reeleição de Marília Campos (PT), Marília Campos (PT), prefeita de Contagem, segue tendo como principal desafio o apaziguamento de disputas internas | Elias Ramos / PMC.

A campanha à reeleição de Marília Campos (PT), a prefeita de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), segue tendo como principal desafio o apaziguamento de disputas internas. Nesta sexta-feira (13), representantes dos partidos que integram a coligação de Marília vão se reunir em meio a insatisfações com Pedro Amaral, secretário municipal de Governo, presidente municipal do PCdoB e um dos coordenadores da campanha da prefeita.

Amaral tem feito articulações em prol do apoio de quadros de outras legendas da coalizão a candidatos a vereador dos comunistas, o que tem incomodado lideranças dos outros partidos da base de Marília.

Recentemente, Amaral conseguiu, para uma correligionária do PCdoB, o apoio de um candidato a vereador do Republicanos que teve a participação na disputa indeferida pela Justiça Eleitoral. Impedido de aparecer nas urnas por causa da ausência de quitação de contas da campanha passada, Baiano do Salão vai apoiar a comunista Renata Lima. Antes do acerto com Amaral, o apoio de Baiano estava sendo negociado por dois candidatos do Republicanos: Daisy Silva e Edgard Guedes.

Este não é um caso isolado. Há cerca de 20 dias, o vereador Daniel do Irineu (PSB) também levou ao coordenador-geral da campanha, o economista José Prata, esposo de Marília, sua insatisfação com o “assédio” que Amaral vinha fazendo a um de seus apoiadores, para que este passasse a apoiar a candidata dos comunistas.

Antes, na fase final do registro de candidaturas, Amaral “desamarrou” uma candidata do Solidariedade, partido do vereador decano da cidade, Arnaldo de Oliveira, também em favor de sua candidata.

Pessoas ouvidas por O Fator explicaram que esta é uma insatisfação “represada” dos integrantes da coligação. “Essa falta de fair play nos autoriza imaginar qual será o espaço possível para a articulação de um trabalho na próxima gestão”, reclamou um interlocutor.

Em resposta a O Fator, Pedro Amaral disse que não se pronunciaria, mas negou o acontecido.


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