Guilherme Peixoto
O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), marcou, para esta quarta-feira (2), uma reunião com representantes de clubes de futebol de Belo Horizonte e de federações a fim de apresentar, aos dirigentes, um plano de segurança para coibir episódios de violência em partidas realizadas no estado. Foram convidados nomes como Bruno Muzzi, CEO do Galo, Lidson Potsch, presidente da Raposa, e Alencar da Silveira Júnior, mandatário do Coelho.
O plano de segurança desenhado pelo governo mineiro estratifica os jogos conforme uma classificação de risco. Segundo apurou O Fator, a pirâmide tem três níveis: alto, médio e baixo.
Para identificar o risco inerente a cada partida, vão ser avaliados fatores como a previsão de público, o tipo de campeonato — estadual, nacional ou internacional — e a fase do torneio em disputa — como duelos semifinais e finais. O grau de animosidade entre as torcidas envolvidas também será levado em conta.
Além de representantes dos clubes, nomes como o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, e o presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), Adriano Aro, também foram chamados. Mesmo que nem todos os dirigentes convidados compareçam, a expectativa do Palácio Tiradentes é que todas as entidades estejam representadas por emissários.
A reunião desta quarta ocorrerá no âmbito do Conselho de Defesa Social, reativado no mês passado e presidido por Simões. Secretários como Rogério Greco (Justiça e Segurança Pública), Fábio Baccheretti (Saúde), Luiz Otávio Gonçalves (Casa Civil), e Alê Portela (Desenvolvimento Social) também foram convidados.
Os chefes da Polícia Militar, coronel Carlos Frederico Otoni Garcia, e da Polícia Civil, Letícia Gamboge, são outros a constar na lista de convidados, assim como o presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Martins Leite (MDB), e o 1° Secretário da Casa, Gustavo Santana (PL). A Minas Arena, concessionária que administra o Mineirão, também foi instada a enviar um representante.
Como já mostrou a reportagem, a reativação do Conselho de Defesa Social com Simões à frente está relacionada ao papel de Simões como “porta-voz” do governo de Romeu Zema (Novo) para temas ligados à segurança.
Preferido de Zema para concorrer ao governo estadual no ano que vem, Simões encampou, no ano passado, um pedido por torcida única em um jogo entre Cruzeiro e Palmeiras, em Belo Horizonte, pela Série A do Campeonato Brasileiro. O pleito surgiu após uma emboscada de torcedores organizados palmeirenses deixar um cruzeirense morto e outros 17 feridos.
