Depois de quatro anos sem contar com um vereador em Belo Horizonte, o PCdoB voltará a ter representação na Câmara Municipal no dia 1º de janeiro, com a vitória de Edmar Branco. Liderança comunitária com atuação principalmente na região Nordeste, Branco, tem relação direta não apenas com o retorno do partido ao Poder Legislativo, mas também com o principal pleito dos comunistas junto ao Poder Executivo.
Prova disso é que a equipe de governo do prefeito reeleito Fuad Noman (PSD) já tem conhecimento de que a direção municipal do PCdoB espera receber o convite para que o partido lidere a administração da Regional Nordeste. Militantes da legenda afirmam, inclusive, que a expectativa é que a autarquia seja cedida “de porteira fechada”, dando a legenda a autonomia para escolher os ocupantes dos principais cargos comissionados na regional.
O objetivo central seria reproduzir na seccional Nordeste modelo semelhante ao que o PCdoB já exerceu na Regional Leste, tradicionalmente administrada por quadros do partido nas décadas de 1990 e 2000.
Oficialmente, o PCdoB nega as articulações. Segundo o presidente municipal da agremiação, Richard Romano, o desejo dos comunistas é “participar do governo”, sem que tenham sido definidos ainda os cargos que o partido irá pleitear diretamente ao prefeito. O vereador eleito Branco foi procurado, mas, até o momento, não se pronunciou.