O ‘saldo’ da reunião de Fuad Noman com representantes do PT

Bancada petista esteve com o prefeito reeleito nesta segunda-feira (4)
O prefeito de BH, Fuad Noman
Fuad Noman (Foto: PBH)

Embora tenha sido considerada positiva, a reunião do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), com representantes do PT, nesta segunda-feira (4), terminou sem batidas de martelo. Os petistas sinalizaram, a Fuad, a intenção de participar de seu segundo governo, enquanto interlocutores do Executivo ficaram de dar uma resposta posterior sobre as áreas em que filiados ao partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva podem compor a gestão.

Segundo apurou O Fator, os emissários do PT participantes da reunião, ocorrida na sede da prefeitura, não foram ao encontro com uma “ideia fechada” a respeito do papel do partido no segundo mandato do pessedista. Por isso, não apontaram ao chefe do Executivo nenhuma secretaria que seria de desejo da legenda, por exemplo.

O vereador eleito Pedro Rousseff (PT), que participou do encontro, confirmou que o partido pretende colaborar com a nova administração de Fuad.

“O que queremos é, de fato, participar de uma forma ativa. Isso, para a prefeitura, é muito importante. Estive três dias atrás com o presidente Lula e disse que vamos estar com Fuad. Ele apoiou Lula em 2022 e queremos estar com ele para que apoie Lula em 2026”, disse.

Vale lembrar que, durante parte considerável do primeiro mandato de Fuad, o PT teve a liderança da Secretaria de Assistência Social – agora desmembrada em prol da criação uma pasta que cuidará de ações voltadas à Segurança Alimentar.

Presidência da Câmara

Ainda conforme soube a reportagem, os debates sobre a presidência da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) também permearam o encontro. A eleição para o comando da Mesa Diretora acontece em 1° de janeiro, data da posse do Legislativo.

Por ora, a Prefeitura ainda não decidiu se vai colocar esforços nas articulações sobre a eleição interna na Câmara de BH. Como já mostrou O Fator, se depender de Fuad, o Executivo não mergulhará na disputa, mas a opinião de outros interlocutores pode prevalecer.

A bancada do PT, que terá quatro assentos a partir de 2024, quer uma sinalização a respeito da posição que a prefeitura tomará na disputa para saber como deve mexer suas peças no tabuleiro.

Na semana passada, 23 vereadores eleitos participaram de um jantar em apoio a Juliano Lopes (Podemos), atual vice-presidente da Casa e já candidato à chefia do Parlamento na eleição de janeiro. Ele pertence ao grupo político do secretário de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro (PP).

O jantar teve as adesões de Wagner Ferreira (PV) e Edmar Branco (PCdoB), eleitos vereadores por duas agremiações que compõem uma federação com o PT. A presença deles no convescote desagradou petistas porque a candidatura de Juliano deve ter o apoio dos seis vereadores do PL – que também bateram ponto na reunião. A avaliação é que o partido não pode compor apoiar a mesma chapa que os correligionários do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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