A manifestação feita por mototaxistas de Belo Horizonte nesta quinta-feira (23), para protestar contra a possível suspensão do serviço de transporte de passageiros sobre duas rodas, oferecido por aplicativos como o Uber e o 99, foi marcada por uma ligação telefônica. Durante o ato, ocorrido em frente à sede da Câmara Municipal, o vereador Pablo Almeida (PL) discou para o prefeito em exercício, Álvaro Damião (União Brasil), que, durante a conversa, garantiu que o Executivo municipal não tem a intenção de interromper a atividade dos motociclistas.
O protesto foi convocado após a Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais, vinculada ao governo federal, sugerir, à Prefeitura de BH, a suspensão do serviço de mototáxi por 90 dias. Durante o prazo, seriam tomadas medidas voltadas à regularização da categoria e à melhoria da segurança de pilotos e passageiros.
A proposta, encampada pelo chefe da superintendência, Carlos Calazans, foi levada nessa quarta-feira (22) ao chefe de gabinete de Damião, Guilherme Daltro.
“A implementação da chamada faixa azul, corredores exclusivos para as motocicletas também foi sugerida pelo Superintendente. A exemplo do que já acontece em outras cidades, destinar uma parte das vias apenas para as motos pode reduzir os acidentes, uma vez que acaba com a disputa dos motoqueiros com os motoristas e isso pode melhorar o trânsito”, informou a equipe de Calazans, ao detalhar algumas das ações sugeridas.
Além de Pablo, outros vereadores aproveitaram o protesto nas imediações da Câmara Municipal para conversar com os manifestantes sobre as demandas. Uma das parlamentares a estabelecer o diálogo foi Juhlia Santos (Psol).
Carlos Calazans, por sua vez, vai se reunir ainda nesta quinta com o procurador-geral do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Paulo de Tarso de Morais Filho, para tratar das questões ligadas ao transporte de passageiros por meio das motocicletas.