Deputados estaduais estudam levar ao MP estadual ou até mesmo propor a criação de uma CPI para investigar o suposto uso político da Rede Minas, que teria sido utilizada para atacar adversários políticos de um dirigente da emissora estatal. A denúncia foi feita inicialmente pelo deputado estadual João Vitor Xavier (Cidadania), que afirmou, na tarde desta quinta (13), que a TV pública atacou, por meio de uma reportagem na televisão, um pré-candidato a vice-prefeito de Igarapé.
“Isso é coisa de ditadura, de fascismo, coisa que acontece em Coreia do Norte. Nunca na história da Rede Minas ela foi utilizada para atacar adversários políticos”, afirmou João Vitor Xavier, que lidera a iniciativa de pedir uma investigação sobre o caso.
O Fator apurou que o alvo dos parlamentares é o Diretor de Programação e Conteúdo da Empresa Mineira de Comunicação (EMC), Leonardo Vitor. Nomeado em março deste ano para o cargo, Léo Vitor, como é conhecido, tem enfrentado – e gerado – polêmicas internas desde que chegou na EMC, empresa controladora dos veículos de imprensa públicos, como a Rádio Inconfidência e a Rede Minas.
Dessa vez, a suspeita dos parlamentares é que Léo Victor tenha direcionado a cobertura da emissora para o caso envolvendo o pré-candidato de Igarapé. Natural de São Joaquim de Bicas, cidade vizinha de Igarapé, ele, segundo deputados, ainda mantém atuação nas disputas partidárias locais.
Agora filiado ao Novo, Léo Vitor deixou o MBL em 2018. Até março, atuou na área da comunicação assessorando campanhas eleitorais pelo interior do Estado. Em 2022, foi candidato a deputado estadual pelo partido do governador Zema, mas não se elegeu.
A coluna procurou a assessoria da EMC e, assim que houver resposta, essa nota será atualizada.