O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), afirmou, nesta quinta-feira (13), que “gostaria muito” de ter uma mulher como candidata a vice-prefeita na eleição deste ano. A declaração foi dada durante sabatina promovida pela Folha de S. Paulo e pelo UOL.
Fuad, entretanto, ponderou que a indicação cabe ao União Brasil, partido que terá a prerrogativa de escolher o outro integrante da chapa.
Inicialmente, o prefeito de Belo Horizonte utilizou um jargão atribuído a políticos antigos para explicar as costuras a respeito do posto de vice.“O vice tem que ter uma dessas três coisas: dinheiro, voto ou tempo de televisão. Como o União Brasil tem tempo de televisão, então fico feliz”, explicou.
A jornalista Fabíola Cidral, então, rebateu: “Diversidade não precisa, prefeito? Uma mulher, por exemplo, não seria importante com sua vice?”, pontuou.
Fuad, então, reconheceu que seria positivo formar dupla com uma candidata. “Eles (o União Brasil) trazem um tempo muito adequado de televisão, que vocês (jornalistas) mesmos disseram que vai ser muito importante. Agora, mulher é muito importante, mas o União é que teria de escolher essa mulher”, indicou
Além do PSD e do União Brasil, a coligação de Fuad já tem confirmadas, neste momento, as participações de Solidariedade e PRD.
Plano original é emplacar o vereador Álvaro Damião como vice
As primeiras articulações entre a equipe política do prefeito Fuad Noman (PSD) e interlocutores do PSD estudam uma maneira de garantir que o vereador Álvaro Damião (União) seja o candidato a vice-prefeito na eleição deste ano em Belo Horizonte.
A dificuldade enfrentada pelo PSD é que Damião é visto como um dos vereadores com maiores chances de se reeleger à Câmara Municipal. Fuad, porém, enfrentará uma dura eleição para prefeito. Em outras palavras, Damião arriscaria seu futuro político ao abrir mão da vereança para ser vice.
Como Damião é primeiro suplente de deputado federal, uma das alternativas consideradas pelo PSD e pelo União Brasil seria encontrar uma maneira para que Damião, caso Fuad não consiga a reeleição, consiga o mandato de deputado federal.
Nesse caso, isso só seria possível com um dos três federais do União – Delegado Marcelo Freitas, Rafael Simões e Rodrigo de Castro – se licenciassem para que o primeiro suplente herdasse a cadeira.