Nem todos os integrantes do governo Zema ficaram satisfeitos com a escolha do urbanista e historiador João Paulo Martins para presidir o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha–MG). Desde a nomeação, nesta quarta-feira (22), membros da ala mais à direita do Estado reclamaram que a gestão estaria dando espaço a um “esquerdista e petista”.
Martins é servidor de carreira do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) e sua última atuação foi como Coordenador Técnico da Superintendência em Minas Gerais. Pelo Iphan, Martins também foi Chefe do Escritório Técnico do instituto em Mariana (MG).
Em conversa com O Fator, um interlocutor que não quis se identificar afirmou que a escolha foi ruim por não ser um nome alinhado aos pensamentos da maior parte do governo. O Iepha trata de questões estratégicas em várias áreas do Estado – o órgão pode, promover tombamentos em imóveis e áreas.
Apesar da crítica, João Paulo Martins foi aprovado por conta do currículo técnico e pela indicação do secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, considerado um dos nomes mais próximos ao vice-governador Mateus Simões.
Ele é graduado em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), e mestre em História e Culturas Políticas pela UFMG. Em sua trajetória profissional, o arquiteto e urbanista atuou nas áreas de patrimônio imaterial, política cultural, pesquisa e gestão de patrimônio cultural, política urbana e legislação urbana e regional.
Já a arquiteta Marília Palhares Machado, que ocupava a presidência do Iepha-MG, irá assumir a Diretoria de Regionalização e Descentralização da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo.