Encerrado oficialmente desde o início de maio, o BDMG Cultural deu adeus de vez à estrutura do banco mineiro nesta quarta-feira (5), com a retirada de sua placa na entrada da galeria de arte dentro do prédio da empresa. A mudança foi feita ao longo da noite de terça (4), sem grande alarde.
A saída da placa do BDMG Cultural não deve ser a única alteração no local. A própria galeria de arte que ainda existe pode, em breve, deixar de existir para dar outra destinação ao espaço. Uma das possibilidade é que ali se construam novos escritórios e salas para o banco.
Localizado na rua da Bahia, perto da Praça da Liberdade, o prédio do BDMG sempre foi um espaço muito procurado pelo primeiro escalão do governo de Minas para ser o palco de reuniões e despachos – é bem mais usual e fácil de chegar do que ir até a Cidade Administrativa, por exemplo. Esse fato faz com que o imóvel, há anos, esteja sempre ocupado e lotado.
Com a Cidade Administrativa enfrentando problemas estruturais – e os prédios Minas e Gerais funcionando somente com 10% da estrutura por conta dos elevadores defeituosos – o BDMG se tornou ainda mais procurado. Só neste ano, a propósito, mais de uma vez secretários de Estado chegaram a se desentender tentando reservar salas e escritórios para trabalhar.
Já o acervo existente na galeria de arte e em outros espaços que antes eram do BDMG Cultural ainda estão com o futuro incerto. No plano original do governo, as “sobras” do BDMG Cultural seriam tocadas pela Fundação de Artes de Ouro Preto (Faop) mas, com a renúncia do presidente da entidade, Jeferson Coutinho, que também atuaria como liquidante do braço cultural do banco, os planos frearam e ainda estão sendo redesenhados.