O dilema de Marília Campos em Contagem

Prefeita petista analisa qual o melhor caminho já pensando em 2026
Prefeita de Contagem, Marília Campos, durante sessão na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)
As especulações políticas sobre Marília ultrapassam Contagem. (Foto: Guilherme Bergamini /ALMG)

Embora pesquisas pré-eleitorais registrem uma gestão bem avaliada e bons níveis de aprovação pessoal, a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), tem uma difícil equação política para fazer nos próximos três meses: a escolha do vice com que disputará a reeleição nas eleições municipais. Ricardo Faria (PSD) – seu atual vice – ou Jorge Periquito, ex-assessor do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

As especulações políticas sobre Marília ultrapassam Contagem e já está em curso uma articulação para que a petista esteja com Pacheco na eleição de 2026, só que essa aliança precisa já passar por 2024.

Duas são as sugestões iniciais da parceria entre Marília e Pacheco: tê-la como sua vice na disputada pelo Governo de Minas, ou ela como sua candidata ao Senado. E como 2026 “é logo ali”, o presidente do Senado quer sacramentar esse acordo indicando o vice da prefeita de Contagem em sua reeleição. E o seu indicado é o seu ex-assessor, mas ainda articulador político, Jorge Periquito.

Se dependesse exclusivamente da composição local, Marília manteria tudo como está. Ex-vereador de Contagem, ex-deputado estadual e ex-secretário de Estado de Turismo, Ricardo Faria tem boa interlocução com o meio político da cidade – além de colaborar no dia a dia da gestão com o principal: não atrapalhando.

Mas um movimento diminuiu as pressões da indicação do vice: despejado do MDB, Ricardo conseguiu abrigo no PSD, a convite do ministro das Minas e Energias, Alexandre Silveira, outro braço direito do presidente do Senado. Nada é por acaso. Silveira tem uma relação histórica a prefeita, já que seu tio, Agostinho Silveira, fora vice da Marília nos oito anos em que esteve à frente da gestão municipal (2005 a 2012).

Nos bastidores, Ricardo Faria tenta, com a ajuda de Alexandre Silveira, conseguir as bênçãos de Pacheco para continuar como vice. Já Periquito vem reunindo lideranças da cidade e participou ativamente da montagem das chapas de vereador dos partidos da base da prefeita Marília Campos. Ele preside o diretório do União Brasil na cidade, legenda que abriga o presidente da Câmara Municipal.

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