Entrando nas semanas decisivas para articular as candidaturas à Prefeitura de Belo Horizonte, os partidos de esquerda em Belo Horizonte ainda se movimentam para fortalecer nomes e conseguir lançar um candidato único na capital. Na manhã desta quinta-feira (23), foi vez do PT e do PDT se reunirem em Brasília para discutir o cenário em Belo Horizonte – participaram do encontro os presidentes nacionais dos partidos, Gleisi Hoffman e Carlos Lupi, e os deputados federais e pré-candidatos à prefeitura, Rogério Correia (PT) e Duda Salabert (PDT).
Pelo que apurou O Fator, existe um consenso entre dirigentes das legendas, e também entre lideranças do PSOL e Rede, para que o campo de esquerda esteja unido na disputa – e o nome escolhido para encabeçar a chapa seria definido em julho, mais próximo às convenções partidárias. O PSOL e a Rede também oferecem nomes para a eleição: as deputadas estaduais Bella Gonçalves (PSOL) e Ana Paula Siqueira (Rede).
A definição, no entanto, não será simples. A princípio, no plano dos dirigentes locais, a candidatura será de quem melhor pontuar nas pesquisas até julho. Só que, no caso do PT, a situação pode alterar dependendo da definição de Lula sobre a disputa em Belo Horizonte. No início do mês, o presidente da República esteve na capital para participar de evento de inauguração de uma fábrica de insulinas de propriedade do empresário e ex-ministro Walfrido Mares Guia.
Naquele dia, Lula esteve reunido com interlocutores e também com o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), que tentará a reeleição. No encontro, o líder petista sinalizou que o partido poderia ainda apoiar Fuad caso ele se mostre competitivo no cenário até a data das convenções partidárias.
Na federação em que o PT faz parte, junto de PV e PCdoB, ainda não há consenso. O PV, por exemplo, já faz campanha para que a federação caminhe com Fuad – na prefeitura, nomes do partido atuam há algum tempo.
A data final para essa definição, segundo calendário de organização da federação, é 18 de julho. É esse o prazo limite para que a Executiva nacional do grupo bata o martelo nas cidades em que não houve consenso entre os partidos. Resumindo, vai mesmo ficar pro presidente Lula decidir – e essa decisão passará pelos números das pesquisas eleitorais.