Posse agendada, consultório médico e ‘mágoa’ de Zema: a volta de Hely Tarqüínio à ALMG

Político do PV vai voltar à Casa para cumprir o oitavo mandato por causa da saída de Macaé Evaristo rumo ao governo Lula
O deputado Hely Tarquínio
Doutor Hely, de 84 anos, vai voltar à Assembleia após hiato de dois anos e meio. Foto: Henrique Chendes/ALMG

Filiado ao Partido Verde (PV), o médico Hely Tarqüínio deve iniciar o oitavo mandato como deputado estadual na terça-feira (17). Segundo soube O Fator, essa é a provável data da posse do político de 84 anos, convocado formalmente pela Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (11) por causa da indicação de Macaé Evaristo (PT) para ser ministra dos Direitos Humanos.

Chamado de Doutor Hely pelos colegas de Assembleia, ele será o mais velho entre os 77 integrantes da Casa e, também, o decano do Parlamento. Desde que deixou a Assembleia, em janeiro de 2023, quando não conseguiu a reeleição, Hely passou a se dedicar aos atendimentos médicos no entorno de Patos de Minas, no Alto Paranaíba. Aproveitou o tempo, inclusive, para concluir uma especialização em Psiquiatria.

Na legislatura passada, Hely, que tem a poesia como passatempo, foi o presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembleia. Conhecido nos bastidores da casa por ter uma equipe de gabinete enxuta, se acostumou a ter papel importante nos debates da Casa sobre a construção dos orçamentos anuais do estado.

Frustração e ausência no ‘zap

Na última eleição, Doutor Hely obteve 38.960 votos, ante 64.913 em 2018. À época do revés, confidenciou a parlamentares que atribuía parte da redução de sua votação a uma atuação de interlocutores do governo de Romeu Zema (Novo), que teriam convencido lideranças do Alto Paranaíba a apoiar outros candidatos. 

No pleito de 2022, Hely teve de concorrer com Lud Falcão (Podemos), esposa do prefeito de Patos de Minas, Luís Eduardo Falcão (Novo).

Até por isso, nos bastidores, a expectativa é que faça oposição a Zema. 

Em um ambiente onde boa parte das articulações políticas é definida por meio da incessante troca de mensagens de texto, Hely é uma exceção. Isso porque embora possua um telefone celular, não possui conta no WhatsApp — Arlen Santiago (Avante), outro integrante do grupo dos decanos da Assembleia, também é avesso ao aplicativo.

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