Prazo para assinatura da repactuação de Mariana termina com a adesão de 20 cidades mineiras; veja lista

Trinta e cinco municípios do estado cumpriam condicionantes para participar de acordo de reparação por tragédia ambiental
Vista aérea de área atingida pelo rompimento da Barragem de Fundão.
O rompimento da barragem aconteceu em 2015 e provocou a maior tragédia ambiental do país, deixando 19 mortos. Foto: Corpo de Bombeiros MG/Divulgação

Vinte das 38 cidades de Minas Gerais elegíveis ao acordo de repactuação pela tragédia de Mariana, ocorrido em 2015, assinaram o documento. O prazo para a adesão ao novo acordo de reparação pelo rompimento da barragem de Fundão venceu nessa quinta-feira (6). Entre as adesões de última hora, está a cidade de Sem Peixe, cujo prefeito, Eder Pena (PSD), preside o Consórcio Público de Defesa e Revitalização do Rio Doce (Coridoce), entidade que em fevereiro chegou a emitir nota pública rechaçando os termos do contrato.

No Espírito Santo, estado que também foi atingido pelo derramamento de rejeitos, seis localidades assinaram o acordo. Os municípios tiveram 120 dias, contados a partir de 6 de novembro do ano passado, para analisar a proposta. Apesar do término do prazo, a Associação Mineira de Municípios (AMM) busca, junto ao Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), a concessão de mais seis meses para que os prefeitos possam decidir se aceitam ou não participar da repactuação. (Veja a lista de cidades que subscrevem o acordo ao fim do texto)

O acordo de repactuação prevê o aporte de mais de R$ 130 bilhões, ao longo de 20 anos. Cidades como Mariana, contudo, discordaram dos termos renegociados e não assinaram os papéis. Municípios descontentes com as cláusulas preparam, para esta sexta-feira (7), uma coletiva para expor suas razões.

O prefeito de Mariana, Juliano Duarte (PSB), alega que as cifras ofertadas à cidade são baixas. Duarte também rejeita a ideia de os valores serem pagos ao longo de duas décadas. Na visão dele, o município tem lacunas sociais que precisam ser preenchidas de pronto.

As cidades que rechaçaram o acordo se incomodaram, ainda, com uma cláusula que obrigava os ingressantes na repactuação de desistir ação movida contra a BHP em Londres. Em que pese a obrigatoriedade da desistência, 11 municípios que eram partes no processo em solo britânico aceitaram compor o rol do novo acordo.

Cidades que aderiram à repactuação de Mariana: 

Minas Gerais:

  • Barra Longa;
  • Bugre;
  • Caratinga;
  • Córrego Novo;
  • Dionísio;
  • Fernandes Tourinho;
  • Iapu;
  • Ipatinga;
  • Marliéria; 
  • Pingo d’Água;
  • Ponte Nova;
  • Raul Soares;
  • Rio Casca;
  • Rio Doce;
  • Santa Cruz do Escalvado;
  • Santana do Paraíso;
  • São Pedro dos Ferros;
  • Sem Peixe;
  • Sobrália;
  • Timóteo.

Espírito Santo:

  • Anchieta;
  • Conceição da Barra;
  • Fundão;
  • Linhares;
  • São Mateus;
  • Serra.

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