O projeto de lei que atualiza os tamanhos das bancadas dos estados de acordo com o último Censo, dando um deputado a mais para Minas Gerais, causou um racha entre os bolsonaristas.
Em sessão na CCJ da Câmara nesta quarta (4), a maioria dos bolsonaristas votou contra o adiamento da votação. Preferiam votar logo.
Dos 13 votos de deputados do PL, foram nove contra, incluindo Bia Kicis, a presidente Caroline de Toni, Delegado Bilynskyj, Julia Zanatta e o pastor Marco Feliciano.
Os outros quatro votaram pelo adiamento. Três são do Rio de Janeiro: Chris Tonietto, Delegado Ramagem (um dos 37 indiciados pela PF no inquérito do golpe) e Soraya Santos. O quarto voto pelo adiamento foi de Fernando Rodolfo, de Pernambuco.
O RJ será o estado mais prejudicado pelo projeto, perdendo quatro deputados federais. Pernambuco perderia uma cadeira.
Como O Fator mostrou, o adiamento foi aprovado por 38 x 24. A votação também rachou a bancada mineira: foram dois votos a favor do adiamento (Lafayette Andrada e Patrus Ananias) e dois contra (Dandara e Pedro Aihara).
Faz sentido para os bolsonaristas apoiar o projeto. Santa Catarina, um dos estados onde Bolsonaro mais tem apoio, ganharia quatro cadeiras.
Bahia, Paraíba, Piauí, Alagoas e Pernambuco – todos do Nordeste – também perderiam cadeiras.