O Psol pediu, ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), uma investigação a respeito da responsabilidade do governo do estado diante das queimadas que atingem cidades mineiras. O documento, entregue nessa quinta-feira (5), pede ao Executivo estadual ações imediatas de combate ao fogo. Nos últimos dias, a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) sofre com os efeitos de uma grande nuvem de fumaça.
O pleito do Psol ao MPMG é assinado pela vereadora belo-horizontina Iza Lourença, pelas deputadas Bella Gonçalves e Célia Xakriabá e por Jozeli Rosa, presidente do partido na capital mineira.
Segundo as pessolistas, a crise climática enfrentada por Minas Gerais nos últimos dias não pode ser atribuída às características naturais do estado.
“Para além do ação antrópica sobre o meio ambiente, que tem levado à exacerbação das mudanças climáticas, o cenário mineiro se relaciona também com elementos centrais que indicam a desestruturação das políticas públicas correlatas, em especial do Programa de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, denominado Força Tarefa Previncêndio (FTP) em sua governança e estrutura organizacional, operacional e orçamentária”, afirmam.
O FTP, afirmam as autoras da ação, foi desestruturado a partir de um decreto editado neste ano pelo governo, com mudanças em tópicos como a participação popular e a periodicidade das reuniões do comitê.
“As consequências são sentidas nas áreas florestais, no meio urbano e em todos os ambientes do Estado, uma vez que se relacionam de forma orgânica”, apontam as filiadas ao Psol, em menção ao FTP.
O Fator procurou o governo do estado para saber se há posicionamento a respeito da petição enviada ao MPMG. Em caso de resposta, este texto será atualizado.