Reforma na ONU vai ganhar prazo, diz embaixador

Prazo de 2030 pode constar do texto final da Cúpula do Futuro, que começa no domingo (22) em Nova York
Embaixador Carlos Márcio Cozendey em coletiva de imprensa no Itamaraty
O embaixador Carlos Márcio Cozendey: compromisso tem prazo. Foto: Cedê Silva/O Fator

As reformas em órgãos importantes da ONU, como o Conselho de Segurança, podem agora ganhar um prazo, disse o embaixador Carlos Márcio Cozendey em coletiva de imprensa no Itamaraty nesta terça (17).

O prazo de 2030, o mesmo dos atuais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, pode constar do texto final da Cúpula do Futuro, que começa no próximo domingo (22) em Nova York, logo antes da Assembleia Geral. Lula vai participar.

O texto não foi fechado ainda, disse Cozendey, mas “se for confirmado (…) haveria uma menção, quando se fala em reforma da ONU, ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 16.8, que dá portanto a essa reforma um horizonte temporal, já que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável têm como objetivo o ano de 2030. Então você teria esse horizonte de tempo sendo reconhecido como horizonte adequado pelo conjunto dos países”.

Definidos em 2015, existem 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, cada um deles com diferentes itens. O 16.8 citado pelo embaixador é “ampliar e fortalecer a participação dos países em desenvolvimento nas instituições de governança global”.

O Brasil defende há muito tempo sua candidatura a membro permanente do Conselho de Segurança. Em 2004, o Brasil formou o G4 com Alemanha, Índia e Japão, todos apoiando mutuamente as candidaturas um do outro.

França, Reino Unido e Rússia já apoiaram explicitamente a candidatura do Brasil, mas a reforma esbarra na resistência dos outros dois países com poder de veto: Estados Unidos e China.

Um prazo para a reforma, mesmo que desrespeitado no futuro, seria uma vitória para a política externa brasileira.

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