Retrospectiva 2024: O general em seu labirinto

Ex-ministro de Bolsonaro e ex-candidato a vice, mineiro de BH passou Natal em quarto com ar-condicionado no Exército
General Braga Netto de farda em 2018
O então interventor federal Braga Netto em foto de 2018: prisão preventiva. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Desde o começo da Operação Lesa Pátria, que se arrasta desde janeiro de 2023, foram presos apenas peixes pequenos. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e que estava de férias do cargo de secretário de Segurança Pública do DF durante o 8 de Janeiro, foi preso antes de a operação começar.

Isso mudou na manhã de 14 de dezembro deste ano, quando a Polícia Federal prendeu preventivamente no Rio o general Walter Braga Netto – ex-ministro da Defesa de Bolsonaro, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022.

Braga Netto, mineiro de BH, estava na lista dos 37 inicialmente indiciados pela PF no inquérito do golpe. Semanas depois, a conta chegou a 40.

Segundo investigação da PF, o general teria atuado para obter informações sobre a delação premiada de Mauro Cid, e também na obtenção e entrega de dinheiro para o monitoramento de alvos e planejamento de sequestros no golpe planejado em 2022 para impedir a posse de Lula e manter Bolsonaro no poder.

O general passou o Natal preso em quarto na 1ª Divisão do Exército, no Rio, com ar-condicionado, TV, armário e geladeira. Um luxo.

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