Pedro Amaral, secretário de Governo da Prefeitura de Contagem e presidente do PCdoB local, deixou a coordenação da campanha à reeleição da prefeita Marília Campos (PT). A decisão de Amaral foi comunicada na noite de segunda-feira (23) ao coordenador-geral da campanha, o economista José Prata, e aos demais representantes da coligação.
Amaral enfrentava reclamações sobre um “conflito de interesses” em sua atuação na cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Isso porque, paralelamente às atribuições como integrante da equipe de coordenação da campanha, também empreende esforços para cooptar apoio a Renata Lima, uma das candidatas do PCdoB à Câmara Municipal.
A centelha da crise foi a articulação feita por Amaral para garantir o apoio, a Renata Lima, de Baiano do Salão, que concorreria a vereador pelo Republicanos, mas teve a candidatura indeferida. Antes da articulação do secretário de Governo, o apoio de Baiano era negociado por dois candidatos à reeleição pelo Republicanos: Daisy Silva e Edgard Guedes.
“Atropelada”, Daisy reclamou. Mas não foi só ela. Outros vereadores e presidentes de partidos fizeram queixas sobre Amaral a José Prata, que estava receoso quanto a um eventual agravamento do problema.
Interlocutores da campanha ouvidos por O Fator disseram que, quando Amaral formalizou seu desligamento, reconheceu o conflito de interesses e, para evitar maior exposição e desgaste à campanha de Marília Campos, passaria a se dedicar exclusivamente à campanha da sua candidata a vereadora.
A reportagem tentou contato com Pedro Amaral para obter um posicionamento, mas ainda não houve retorno. Em caso de resposta, este texto será atualizado.