Durou pouco a vida de desempregado do ex-vereador Diego Espino, de Divinópolis, sem mandato desde o início de dezembro, depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou a chapa do PSL, na eleição de 2020, por fraude na cota feminina prevista por lei. Nesta terça-feira (9), o polêmico ex-parlamentar assumiu como assessor da deputada estadual Lud Falcão (Podemos), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
A trajetória de Espino coleciona episódios que chamam a atenção. No ano passado, chegou a responder por pedidos de cassação de mandato por supostas ameaças contra um internauta que criticou o criticou e também contra um jornalista. Nenhuma das denúncias, entretanto, foi recebida pela Câmara de Divinópolis. Espino negou que tenha ameaçado os denunciantes. Já em 2022, chegou a ensaiar uma candidatura a deputado federal, mas desistiu antes da disputa.
A propósito: Espino é próximo do prefeito de Divinópolis, Gleidson Azevedo (Novo), e já foi cotado, inclusive, como possível vice.
O cargo em que Espino foi nomeado tem remuneração de R$ 5.514,87. É comum deputados nomearem lideranças políticas pelo interior do Estado, para representarem seus interesses em diferentes regiões. Até por isso, a ALMG, desde sempre, não exige que assessores políticos registrem presença na folha de trabalho.
Segundo o TSE, a chapa de vereadores do PSL na eleição de 2020, em Divinópolis, registrou candidaturas fictícias de mulheres, ou seja, fraudaram o número mínimo previsto por lei, de 30%, e por isso ocorreu a cassação em um processo que durou quase três anos, entre TRE e TSE.