O governo federal publicou na quinta (21) no Diário Oficial da União a lista completa de obras do Novo PAC. Das mais de 14.800 obras na lista, 33 são em Belo Horizonte – contadas as que abrangem também BH e outras cidades.
Está prevista a duplicação dos lotes 3.1 e 7 da BR-381 no trecho Governador Valadares-BH, que passa por várias cidades.
Na capital, estão previstas obras como “saneamento integrado na Bacia do Córrego do Nado – Sub-bacias Lareira e Maribondo”, “drenagem – ampliação da seção, adequação das declividades, parque Linear – Bacias dos Córregos Pampulha, Onça e Cachoerinha” e “drenagem urbana sustentável nos Córregos Jatobá e Olaria”.
Constam ainda obras de contenção de encostas, urbanização de favelas, “reestruturação da infraestrutura para a gestão de resíduos da construção civil e volumosos” e “requalificação urbana do Ribeirão Arrudas – 2ª etapa”, esta última em parceria com Contagem.
Também está prevista reforma no Espaço (ou Praça) Dino Barbieri, em frente à Igrejinha da Pampulha; e a construção de centros de serviços postais.
Alguns serviços na área de saúde aparecem no Diário Oficial com poucas informações, como “ambulâncias” e “maternidade”. Não está descrito se a previsão é reformar ou comprar unidades novas.
Também consta um item “Anel Rodoviário de Belo Horizonte BRs/040/262/381”, sem mais detalhes do que será feito.
No mês passado, a prefeitura informou ter assinado com o governo Lula acordo para a liberação de R$ 65 milhões do Novo PAC para obras no Anel Rodoviário.
O Diário Oficial não traz o custo individual de cada obra ou os prazos.
O Fator entrou em contato com a Prefeitura de BH e o governo de Minas pedindo mais informações sobre as obras do Novo PAC na cidade.
As duas edições anteriores do PAC, como sabemos, deixaram grande legado de corrupção e obras inacabadas.
Um estudo de 2019 da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) encontrou quase 4.700 obras paradas do PAC, equivalentes a R$ 65 bilhões já executados na época.
Em um certo momento de 2017, 9 das 10 maiores obras do PAC eram investigadas pela Lava Jato. Entre elas o inacabado Comperj; o caso levou à prisão o ex-governador Sérgio Cabral.