A Seleção Brasileira perdeu de novo. Não foi só o jogo, foi o jeito. A falta de alma, de garra, de propósito. Pareciam onze desconhecidos jogando uma pelada de fim de semana, mas com a camisa mais pesada do mundo.
E a gente assiste frustrado, mas no fundo… já esperava.
A Seleção é como aquele espelho que a gente evita encarar de manhã. Tá ali, escancarando o que a gente já sente: um país desorganizado, sem plano, sem liderança, sem união. Um time sem técnico é como um povo sem direção — corre, corre, mas não chega.
Lembra daquela banda da igreja? Quando o maestro faltava, cada um tocava no próprio ritmo. Um caos desafinado. É o que acontece quando falta comando e propósito. Com a seleção. Com o Brasil.
E o mais triste é que o talento está lá. No campo, no povo. Mas talento sem disciplina vira frustração. Gênio sem preparo vira promessa. E promessa sem ação vira meme.
O Brasil não perde só em campo. Perde na educação, na saúde, na segurança. Mas o que dói mais é perder a esperança. Porque quando a gente vê a seleção jogando desse jeito, é como se dissesse: “Desiste, nem vale a pena torcer”.
Mas vale. Sempre vale. Porque ainda dá pra mudar. Ainda dá pra organizar a casa, colocar gente séria no comando, parar de romantizar o improviso e começar a valorizar o preparo.
A Seleção pode até ser o retrato do país hoje. Mas que seja também um alerta: ou a gente se une, se organiza e joga junto, ou vai continuar perdendo — nos campos, nas ruas e nas vidas.