Lula e Amorim se juntam à China para normalizar tropas russas na Ucrânia

Texto ignora retirada das tropas russas, pedida pela Assembleia Geral da ONU em resoluções com voto brasileiro
Celso Amorim e Wang Yi na China
Celso Amorim com o ministro Wang Yi em Pequim: rifando a Ucrânia. Foto: MRE da China

A “proposta de paz” assinada nesta quinta (23) por Celso Amorim na China normaliza a invasão russa da Ucrânia e contraria resoluções da ONU apoiadas anteriormente pelo Brasil exigindo a retirada das tropas russas.

O texto foi divulgado pela agência Xinhua, da ditadura chinesa, antes de qualquer pronunciamento do Itamaraty ou de outra parte do governo brasileiro.

Pelo texto, Brasil e China chamam a “todas as partes relevantes que observem três princípios para desescalar a situação, nomeadamente nenhuma expansão do campo de batalha, nenhuma escalada de combates e nenhuma provocação por qualquer parte”.

É muito diferente das resoluções aprovadas pela Assembleia Geral da ONU, com voto favorável do Brasil, em março de 2022 e fevereiro de 2023, exigindo a retirada imediata e incondicional de todas as forças militares da Rússia.

Em março de 2023, escrevi que Lula havia proposto a Zelensky uma “paz Top Gun” – ou seja, puramente estética, assim como no filme Top Gun: Maverick (2022), no qual o personagem de Tom Cruise realiza uma missão num país desconhecido que nunca é identificado pelo nome. Agora a estética é diferente, menos Hollywood e mais ao gosto da ditadura chinesa e de Putin.

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