Em passagem pela região metropolitana de Belo Horizonte, nesta sexta-feira (28), o presidente Lula manteve o tradicional tom mentiroso-populista-ignorante-irresponsável de seus discursos. Fico imaginando se, no privado, ao lado de amigos riquíssimos, ele repete as bravatas ou, ao contrário, acerta os ponteiros.
Bem, dentre tantas promessas (que não serão cumpridas, como tantas outras) de investimentos bilionários, mistificações e mentiras sobre o passado recente do Brasil e piadas de gosto duvidoso, como sempre, o chefão do PT vociferou: “no novo campo do Galo, pobre não entra mais”. Mas… será mesmo?
Vamos aos fatos
Desde que recebeu o primeiro jogo oficial (Atlético 2×0 Santos) em 27 de agosto de 2023, a Arena MRV contou com quase 800 mil torcedores nos 24 jogos disputados – média de 33 mil pagantes. A renda bruta (bilheteria) foi de 45 milhões de reais, ou seja, um preço médio por ingresso de R$ 56.
Pesquisando com bastante critério, encontrei a seguinte informação (fonte: Futstats): o ingresso médio dos jogos do Galo como mandante em 2014 (dez anos atrás!) foi de R$ 27. Em valores atualizados pelo IPCA, R$ 55. Ou seja, o ingresso, hoje, custa exatamente o que custava durante o “fabuloso período petista”.
O que mudou, de lá para cá?
Bem, à época, o Atlético jogava ou no Independência ou no Mineirão. No Indepa, certamente, o ticket médio era maior por causa da limitação de espaço. Já no Salão de Festas, digo Mineirão, o contrário. Porém, neste caso, temos de levar em conta um número de assentos muito maior (16 mil lugares no Gigante da Pampulha).
Aliás, nunca é tarde lembrar, a Arena MRV, originalmente, teria 66 mil lugares, mas o então prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, antigo aliado de Lula (antigo porque, como quase sempre faz, brigou com os petistas), resolveu encolher a casa atleticana para 46 mil lugares, além de retirar um shopping ou centro de convenções.
Multicampeão por três anos
Além disso, proporcionalmente, o número de camarotes e cadeiras cativas na Arena MRV é maior. Obviamente, trata-se de um público de renda mais elevada, o que é ótimo para o Clube, pois possibilita elenco de qualidade e contas em dia, algo que Lula detesta (ministros de qualidade e caixa controlado). E dá-lhe dólar a R$ 5.60!!
Ainda assim, conforme demonstrado com números, e não com achismos, o ingresso médio em jogos do Atlético como mandante permanece equivalente ao de dez anos atrás. Agora, comparando, por exemplo, com o time do presidente, o Corinthians, brindado por ele com um estádio, nosso ingresso é realmente popular. Vejamos.
E o Timão, Lula?
Segundo a Pluri Consultoria, o Timão cobrou o ingresso mais caro do Brasil (R$ 68) em 2022, seguido por Palmeiras (R$ 67), Flamengo (R$ 59) e São Paulo (R$ 53). Lula já disse, ou dirá, o mesmo a respeito dos outros clubes e estádios? Talvez sim, talvez não, pois a capacidade para falar besteira e mentir deste senhor é ilimitada.
O fato é que, sim, entra pobre – e muito! – na Arena MRV. E não que isso seja bom ou motivo de orgulho, pois o ideal é que não houvesse pobreza no País. Mas governantes como Lula dragam a riqueza que a sociedade produz (35% do PIB nos são retirados em impostos) e a mantém para si e seus pares.
A maior fonte de desigualdade de renda vem do setor público. Ao contrário do que o “Pai do Ronaldinho dos Negócios” diz, a culpa pela pobreza não é dos empresários ricos. Ao contrário. Por causa dos empresários ricos a pobreza não é maior. Eu pergunto: Lula, entra pobre no Palácio do Planalto ou apenas os irmãos Batista e companhia? É só uma pergunta.