Ultrapassa – e muito! – os limites do bom senso e do razoável, para não dizer as fronteiras da democracia, os recentes ataques de políticos e governantes do PT, PSOL e outros partidos de esquerda, à iniciativa privada – justamente quem sustenta toda a máquina estatal e aparelhos sindicais que representam.
Em Belo Horizonte, representantes da Federação das Indústrias de Minas Gerais foram impedidos de participar de uma “audiência pública”, que de pública não tinha nada, já que apenas os representantes ligados às pautas defendidas pelos partidos citados tiveram permissão para entrar.
Pior. Um ex-assessor parlamentar de uma deputada do PDT-MG, Duda Salabert, partiu para cima de três funcionárias da entidade e só foi contido pela polícia legislativa, não sem antes ofender as moças – na véspera do Dia Internacional das Mulheres – com termos como “vagabundas” e “safadas”.
Tal episódio foi solenemente desconsiderado por duas parlamentares que presidiam e participavam da sessão, notadamente as deputadas Beatriz Cerqueira (PT) e Bella Gonçalves (PSOL), que mantiveram presente o agressor, impedindo a entrada das agredidas, em franco ato de autoritarismo e machismo explícito.
LULA DA SILVA
Nesta segunda-feira (11), foi o dia do próprio presidente da República, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, atacar de forma virulenta a iniciativa privada do País. Chamou o “mercado” de “dinossauro voraz”, dizendo que (o mercado) “não tem pena dos milhões de pobres que passam fome no Brasil”.
Nada mais inapropriado e falso. Nada mais autoritário e antidemocrático. Nada mais mentiroso e injusto. Primeiro porque não existe “um mercado”, mas sim o conjunto de milhões de trabalhadores e empresários que, juntos, formam a iniciativa privada, que sustenta toda a estrutura estatal e os programas sociais.
É o mercado que gera empregos e renda, e que é achacado em mais de 30% do que produz, sob a forma de impostos, para não ter retorno algum (ou muito pouco). É o mercado que movimenta a economia do País, que induz o crescimento e o desenvolvimento da nação e que, no limite, financia o próprio governo perdulário.
PINGOS NOS IS
Os juros altos não são arbitrados pelo mercado, mas pelo próprio governo, que gasta muito e mal, e que precisa de recursos para continuar a farra de ministérios, empregos para apaniguados, aposentadorias especiais, benefícios indecorosos, sem falar em mensalão, petrolão, eletrolão e outras formas de roubo.
Os dividendos pagos pelas empresas privadas e de capital misto, como a Petrobras, nada mais são do que o retorno do capital investido – sob altíssimo risco – por agentes privados (pessoas físicas e jurídicas) que buscam, de alguma forma, garantir remuneração frente à inflação gerada pelo governo deficitário.
Se os salários pagos aos trabalhadores não são maiores, é porque a máquina que Lula e o PT tão bem representam, tunga do empresário, sob a forma de “encargos trabalhistas”, mais do que o dobro do dinheiro que o trabalhador recebe, retirando completamente a capacidade do “patrão” de pagar mais.
Se os preços dos serviços e produtos são tão caros, é porque este mesmo governo, novamente sob direção de Lula e o PT, além de tributar tudo o que pode e não pode, não provem infraestrutura adequada (aumentando os custos de produção, distribuição, transporte etc) – o tal “custo Brasil’.
ASSUMA A CULPA
Portanto, a culpa pela pobreza e a fome não é do “mercado”. Ao contrário. Graças ao “mercado”, o quadro não é ainda pior. A culpa, aí sim, é do Sr. Lula da Silva e seus pares governantes, com raríssimas e honrosas exceções. E cabe a ele, tão somente ele, resolver tais questões, pois se elegeu prometendo isso.
Agora, se é incapaz – ou não quer, apesar do discurso demagogo – de resolver os problemas do País, que pegue seu boné (do MST ou do Hamas) e vá descansar em um sítio qualquer, em Atibaia, ou em um Tríplex no Guarujá, litoral paulista. Mas que não transfira a culpa e não agrida nem ofenda a iniciativa privada brasileira.
Lula, PT, PSOL e a esquerda sempre foram oponentes ao desenvolvimento e progresso econômico. Sempre foram sócios do atraso, pois a melhor maneira de manter cativos os votos dos desinformados e necessitados de auxílios estatais. Não é surpresa, portanto, a recente onda de ataques contra a iniciativa privada.
A diferença, contudo, é que bem ou mal (infelizmente, mal), hoje, há no País, metade de uma população que já não aceita, calada, essas manifestações autoritárias, retrógradas e injustas, e que reage à altura, dentro das regras e das leis, aos arroubos parasitas do lulopetismo e de seus aparelhos satélites.
FLÁVIO ROSCOE
Uma das mais influentes e importantes vozes representativas do empresariado mineiro e nacional, inclusive frente ao mercado internacional, é do presidente da Fiemg, Flávio Roscoe. Em vídeo divulgado nesta terça-feira (12), o dirigente expressa sua indignação frente à violência ocorrida na ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais), relatada no início desta coluna.
Clamo a outros importantes líderes empresariais do Brasil a mesma atitude. Chega de sermos (cidadãos e iniciativa privada) achacados e ofendidos por quem apenas se serve do nosso trabalho. Tamanha inversão de valores não cabe mais em uma sociedade que se pretende moderna, e a resposta precisa ser dada, obedecendo a famosa terceira Lei de Newton: “para toda força de ação existe uma força de reação que possui o mesmo módulo e direção, porém em sentido contrário”.