Ainda que tímido e distante do verificado em outros países em desenvolvimento – ou desenvolvidos – pelo mundo, o crescimento da economia do Brasil, com a consequente melhora no emprego e na renda, vem produzindo efeitos benéficos em todos os estratos sociais e por diversos segmentos.
Em cidades de médio e grande porte, o comércio e o setor de serviços vêm se destacando positivamente nos últimos anos. Já os bares e restaurantes vêm enfrentando tempos difíceis por causa da escassez de mão de obra qualificada e pela inflação generalizada e resiliente, o que torna tudo pior e mais caro, e afasta os clientes.
EXCEÇÃO À REGRA
Neste contexto, porém, chama a atenção o crescimento vertiginoso de um segmento até então pouco conhecido no País: o das cafeterias e pontos de venda de cafés especiais – ou premium -, acompanhando o “boom” do setor no mundo, que cresce a taxas de dois dígitos e deverá movimentar mais de US$ 150 bilhões até 2030.
O Brasil é o maior produtor mundial de café e o segundo maior consumidor do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o volume de vendas na categoria superior cresceu, em média, 26% nos últimos anos; entre os cafés gourmet, ainda mais selecionados, 20%.
UM ÓTIMO NEGÓCIO
A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, sigla em inglês) estima que 5% a 10% do mercado nacional já sejam de cafés especiais. A proliferação de pontos de venda, cafeterias e lojas online, além de clubes de assinatura, vêm impulsionando o setor. O alto preço médio, por quilo, ao consumidor, garante o crescimento orgânico do segmento.
Em recente leilão, por exemplo, o vencedor do Cup of Excellence 2023 teve cada saca de 60 kg de seu café arrematada por mais de 17 mil dólares. Há embalagens de cafés especiais com preços superiores a 100 reais o quilo. Em cafeterias, há xícaras que ultrapassam os 25 reais. É sem dúvida um segmento de altíssimo valor agregado.
O QUE FAZ A DIFERENÇA
Além da qualidade dos grãos, do plantio diferenciado, da colheita selecionada, do manuseio cuidadoso na estocagem, embalagem e transporte, os cafés especiais costumam vir de fazendas com certificações socioambientais e de sustentabilidade e boas práticas agrícolas. Com produção limitada, boa parte segue direto para o exterior, sobretudo Estados Unidos.
Em Minas Gerais, estado que mais produz café no Brasil, com cerca de metade da produção total, chama a atenção, no segmento premium, o Guima Café, recentemente agraciado pela gigante mundial Illy como o melhor grão do mundo. Produzido em Varjão de Minas e Patos de Minas, no Cerrado Mineiro, pertence ao Grupo BMG.
GUIMA CAFÉ
Idealizado por Flávio Pentagna Guimarães, falecido em 2023 aos 94 anos, o Guima Café é produzido desde 1977 nas fazendas do Grupo. Suas lavouras estão entre planícies e vales com altitudes médias de 1.030 metros e somam 1.300 hectares. Com capacidade de produção anual de 35 mil sacas, destina 70% da produção para seu café especial.
Membro da Associação Brasileira de Cafés Especiais, possui certificado pela RainForest Alliance desde 2008, além do Certifica Minas, AAA da Nespresso e Café Practices. O Guima Café é a quarta fazenda no mundo a receber a certificação britânica Regenagri®️ de cafeicultura regenerativa. Um verdadeiro orgulho para Minas e o Brasil.