Eu nunca votei no PT e provavelmente jamais o farei. Igualmente, nunca acreditei em uma palavra ou boa intenção do presidente Lula. Assim penso e me manifesto publicamente desde 2000, muito antes de ser moda não gostar do lulopetismo. Ao contrário. Passei por maus momentos, quando trabalhava em São Paulo, por essa minha posição anti-esquerda. Não me confudam, portanto, com estes aloprados de extrema direita, sem fundamentos e cheios de ódio.
Sou incondicionalmente plural e tolerante com o pensamento oposto. Acredito piamente na troca de ideias e no bom debate como formas de aprendizado e crescimento. Minha treta com o PT não é apenas ideológica, mas de princípios. E aqui, notem, não estou me referindo aos (princípios) éticos, pois estes, hehe, sabemos que boa parte daquela turma não os tem. Eu me refiro à maneira com que o lulopetismo enxerga Estado, economia e iniciativa privada.
Lula 3 caminha, definitivamente, rumo ao desastre de Dilma 2, iniciado em Lula 2. Essa gente não esquece nada nem aprende nada. Continua, além de sem rumo e com ideias mofadas, investindo contra quem sustenta o País. Outro dia, Lula acusou o “Mercado” de ser o culpado pela fome de milhões de crianças pobres no Brasil. Para este picareta intelectual, não são a corrupção, a gastança desenfreada e a incompetência do Poder Público os responsáveis.
Lula venceu a última eleição porque o oponente era Jair Bolsonaro, um desqualificado que o ressuscitou das catacumbas de Curitiba. Sua mínima margem de votos já deixava clara a falta de apoio que teria da população. Ao se deparar com um Congresso nada amigo e cada vez mais poderoso e guloso, perdeu de vez o rumo. E ao cercar-se de um bando de incapazes e perdidos, tudo piorou de vez. Agora, restou o confronto (nada original) e a sanha arrecadatória de sempre.
“O aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão alcançar a meta de déficit sem comprometer os investimentos”. Eis o plano do chefão petista para o Brasil. Cobrar mais impostos como se quase 40% do PIB não fossem suficientes e inaceitáveis, e reduzir, na marra, a taxa de juros estratosféricos – motivada justamente pela irresponsabilidade fiscal de seu péssimo governo. Reforma administrativa, melhoria da gestão, cuidado com os gastos? Que nada!!
A reação negativa dos mercados vem dando o tom do que nos espera, mas esse não é o problema. Mercados sobem e caem. Vêm e vão. A questão é o norte, o sentido para onde o bico do avião aponta. Enquanto Lula não der o mínimo de ouvidos a Haddad – longe de ser um gênio, mas minimamente em busca de algum equilíbrio fiscal -, o risco de nova hecatombe será cada vez maior e real, como se os três anos de recessão de Dilma Rousseff jamais tivessem existido.