Já perdi as contas das colunas que publiquei no Portal UAI e Estado de Minas Digital, apontando o que Alexandre Kalil fez no Atlético. Igualmente, comentários meus neste mesmo sentido, quando fui comentarista da Rádio Itatiaia, há os montes. E continuo, hoje na Rede 98 e neste meu próprio site, O Fator, mostrando o que este senhor fez com o meu Galo, ou melhor, com o nosso Galo.
Acompanhei – como ninguém da imprensa local – a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o suposto “Abuso de Poder” de Alexandre Kalil frente à Prefeitura de Belo Horizonte. O relatório final, inclusive, de autoria da brilhante vereadora Fernanda Altoé (Novo), reconheceu cabalmente que a gestão municipal (de Kalil) causou prejuízos gigantescos e irreparáveis ao Clube Atlético Mineiro.
Tornei-me conselheiro do Galo em 2022, e atuante que sou, como diz o ditado popular, “a cada enxadada uma minhoca”, fui me deparando com casos espantosos de uso – e abuso! – do dinheiro do Atlético em benefícios, no mínimo imorais, sob a perspectiva do torcedor comum e apaixonado pelo Clube, que sofreu na pele as consequências do desastre financeiro que Kalil produziu em sua gestão.
Mas confesso que mesmo vigilante e participativo como conselheiro, me fugiu o fato trazido a público por Rubens Menin, acionista majoritário da SAF atleticana, nesta sexta-feira (12), em entrevista ao ge, da Rede Globo. Segundo o “vô”, a gestão Kalil promoveu um verdadeiro “trem da alegria” ao Marrocos, em 2013, às custas de mais endividamento ao Atlético, para levar convivas ao Mundial de Clubes da FIFA.
Sempre segundo “Rubão”, a administração Kalil, enquanto pedia dinheiro emprestado a ele e a outro acionista da SAF (o banqueiro e empresário Ricardo Guimarães, do Grupo BMG), levou cerca de 50 apaniguados à Marrakech, a um custo maior do que a própria premiação que o Galo recebeu pela participação no torneio. Na boa.. é indecoroso, é repugnante, é asqueroso, é inaceitável, é abjeto!
Aqui e ali, quando o time nos faz raiva – e tem feito!! -, torcedores nas redes sociais cobram dos atuais dirigentes o mesmo comportamento agressivo e barulhento que Alexandre Kalil quando presidente do Galo. É a turma que idolatra populista embusteiro e aplaude “tiro, porrada e bomba”. Na política, e como ex-prefeito o bilontra sabe bem, exemplos não faltam, vide os Lulas e Bolsonaros da vida.
Os 4Rs e demais acionistas são mansinhos? O presidente Sergio Coelho e o CEO Bruno Muzzi disputam o título de “damas do ano”? Particularmente, considero isso virtude, e não defeito. Se grito e soco funcionassem, ainda estaríamos nas cavernas. Até porque, berrar, gastar e roubar, como um certo boquirroto, só nos levou ao maior endividamento entre todos os clubes do País.