O mercado de trabalho em Minas Gerais criou de 14.356 novas vagas de emprego formal em agosto de 2024, segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) nesta sexta-feira (27). O resultado mantém a tendência de crescimento observada no estado ao longo do ano.
No acumulado de janeiro a agosto de 2024, Minas Gerais já registrou a criação de 188.293 novos postos formais de trabalho. O número pois supera em 36% o resultado de todo o ano passado, quando foram criadas 138.088 vagas.
Os setores que mais contribuíram para o resultado positivo em Minas Gerais em agosto foram:
- Serviços: 10.250 vagas
- Indústria total: 7.102 vagas
- Comércio: 4.330 vagas
Na indústria total, o destaque foi o segmento de transformação, que criou 6.300 vagas. Dentro deste segmento, 23 das 24 atividades apresentaram resultados positivos, com destaque para:
- Produtos alimentícios: 1.500 vagas
- Veículos: 941 vagas
- Metalurgia: 575 vagas
O setor de construção também contribuiu positivamente, com a criação de 413 vagas. As atividades de serviços especializados para construção (672 vagas) e construção de edifícios (171 vagas) avançaram, enquanto obras de infraestrutura recuaram (-430 vagas).
A agropecuária foi o único setor a apresentar saldo negativo no estado, com uma redução de 7.322 vagas. A queda foi influenciada pelo fim da colheita do café, fator sazonal importante na economia mineira.
Em termos de estoque estimado de trabalhadores por setor em agosto deste ano, Minas Gerais representa uma parcela significativa do total nacional em diversos setores:
- Indústria extrativa: 27,3% do total nacional
- Agricultura e pecuária: 17,1% do total nacional
- Construção: 12,1% do total nacional
- Indústria de transformação: 11,0% do total nacional
No total, Minas Gerais responde por 10,5% do estoque de trabalhadores formais do Brasil, com 4.959.217 postos de trabalho.
Segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), perspectivas para os próximos meses são otimistas, com a expectativa de manutenção do bom ritmo de geração de empregos formais. Fatores como o aumento do poder de compra da população, resultado de um mercado de trabalho resiliente, das transferências governamentais às famílias e do aumento real do salário mínimo, contribuem, de acordo com os técnicos, para esse cenário positivo.