Os projetos de lei que tratam das privatizações da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) não têm previsão de começar a tramitar na Assembleia Legislativa. Segundo apurou O Fator, interlocutores da base do governador Romeu Zema (Novo) acreditam no Parlamento, inclusive, que o início da análise dos textos pode ficar para 2025.
O pontapé inicial da tramitação acontece de um projeto quando seu teor é lido em plenário. A leitura das duas propostas ainda não aconteceu e, de acordo com o que soube a reportagem, ainda não há data prevista para isso.
Entre aliados de Zema, o discurso é de que, neste fim de ano, é preciso centrar foco em temas que já tramitam na Assembleia, como a autorização para a criação de uma agência reguladora de transporte e o aval ao aumento nas contribuições pagas pelos beneficiários do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg).
Paralelamente, segundo outras fontes ouvidas pela reportagem, haveria uma necessidade de o governo buscar um alinhamento prévio com a Mesa Diretora da Casa quanto às expectativas para a tramitação das propostas. Como já mostrou O Fator, o presidente Tadeu Martins Leite (MDB) não foi antecipadamente comunicado sobre o envio das privatizações das estatais, cujos documentos chegaram à Assembleia na quinta-feira (14).
Em que pese a indefinição quanto à data de início de tramitação dos textos, a expectativa do governo Zema é promover leilões de ações das duas companhias no segundo semestre do ano que vem.
“Para isso (fazer os leilões no segundo semestre de 2025), a gente precisa que esses projetos tenham a tramitação com boa velocidade. Diria que é uma perspectiva razoável de que a gente tenha votações no começo do próximo ano”, projetou o vice-governador Mateus Simões, do Novo, na semana passada.