Deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) acreditam que o presidente da Casa, Tadeu Martins Leite (MDB), já tem em mente o “calendário” de votações para as três indicações da Assembleia para o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG), preenchendo as vagas dos conselheiros Dr. Viana, Wanderley Ávila e Mauri Torres.
O Fator apurou que, no planejamento atribuído informalmente ao presidente da Casa, a primeira indicação, para a vaga deixada por Dr. Viana, deve começar a ser votada em abril, assim que o conselheiro Mauri Torres se aposentar. O deputado Alencar da Silveira Júnior (PDT) é o principal cotado para esta indicação.
A segunda etapa do processo, destinada a ocupar a vaga do ex-conselheiro Wanderley Ávila, seria iniciada entre julho e agosto, com previsão de conclusão em outubro. Para esta vaga, disputam os deputados Thiago Cota (PDT), Ione Pinheiro (União Brasil), Arnaldo Silva (União Brasil) e Tito Torres (PSD).
O último processo de indicação, referente à vaga do conselheiro Mauri Torres, seria finalizado em dezembro. O deputado Ulysses Gomes (PT), líder do bloco de oposição ao governo Zema, desponta como um dos postulantes, junto aos parlamentares não escolhidos nas votações anteriores.
Apesar da “previsão” de dezembro, a terceira indicação pode ficar para 2026, a depender do contexto político – será a última vaga para o TCE desta legislatura, então, eventuais desdobramentos nas articulações para as eleições estaduais podem protelar a definição.
Escolha
A seleção dos novos conselheiros segue um rito específico na ALMG. Após a abertura das inscrições, uma comissão especial é formada para análise dos currículos. Os candidatos são submetidos a sabatinas individuais antes da votação final em plenário.
O bloco de oposição ao governador Romeu Zema (Novo), composto por 20 deputados estaduais, pode ter papel decisivo nas escolhas, especialmente na candidatura do deputado Ulysses Gomes, caso seu nome seja oficializado para uma das vagas.
A última indicação da ALMG para o TCE-MG ocorreu com a nomeação do ex-presidente da Casa Agostinho Patrus, que tomou posse em 2023.
Quarta indicação
Além dos três nomes que a ALMG precisa enviar, o TCE ainda aguarda a definição de uma quarta cadeira, a do Ministério Público de Contas. Vaga desde a aposentadoria de Cláudio Terrão, em novembro, a indicação para o cargo corre grandes riscos de ficar para 2026, por conta de uma disputa judicial para a formação da lista tríplice.