A Embaixada da Ucrânia em Brasília disse a O Fator que “o povo ucraniano jamais esquecerá o heroísmo dos cidadãos brasileiros que ajudaram” na guerra em defesa contra a Rússia.
Recentemente, jornais russos têm destacado a presença de brasileiros nos combates. O Argumenty i Fakty, pertencente à prefeitura de Moscou, publicou em dezembro que “mercenários brasileiros” teriam formado um grupo online chamado Expedicionários. Já o Region Samara publicou em 2 de janeiro que tropas russas teriam “destruído” dois grupos de assalto de combatentes brasileiros, sendo que os sobreviventes teriam pedido ajuda aos supervisores ucranianos para serem resgatados. A imprensa russa é contaminada por propaganda e as reportagens devem ser lidas com desconfiança.
Nesta terça (14) a prefeitura de Mallet, cidade do Paraná com 13 mil habitantes e berço da diáspora ucraniana no estado, publicou nota de pesar pelo falecimento de Gabriel Lopacinski, “um jovem de coragem que dedicou sua vida à luta pela liberdade na guerra da Ucrânia”.
“A Ucrânia, terra-mãe de tantos malletenses, teve a honra de receber um de seus filhos em combate”, acrescentou a prefeitura.
Os vereadores de Mallet aprovaram nesta semana moção de pesar pela morte de Gabriel. Segundo o texto, ele morreu “em 23/24 de dezembro de 2024, em decorrência de sua atuação no conflito na Ucrânia”.
O Itamaraty não tem um balanço oficial de quantos brasileiros estão combatendo na Ucrânia. Fontes disseram a O Fator que o ministério registra ao todo 18 brasileiros mortos ou desaparecidos nos combates.
A embaixada da Ucrânia disse a O Fator estar “ciente de que cidadãos brasileiros estão participando da defesa do povo ucraniano da agressão da Rússia. Essa situação demonstra a solidariedade do povo brasileiro com a Ucrânia, compreensão por parte significativa dos cidadãos brasileiros da natureza injusta e agressiva da guerra do imperialismo russo contra a Ucrânia”.
A embaixada acrescentou que “fornece suporte informativo às famílias na busca de informações sobre cidadãos brasileiros falecidos e desaparecidos na Ucrânia e na obtenção de outras formas de assistência”.
O Ministério brasileiro da Defesa e a embaixada da Rússia não responderam às nossas perguntas.
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