Suplente de Pacheco ainda não foi comunicado sobre possível ida de senador para o governo Lula

Ex-deputado federal não foi procurado; Pacheco é cotado para assumir Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Renzo Braz exerceu dois mandatos como deputado federal pelo PP, atual Progressistas, entre 2011 e 2018. Foto: Câmara
Renzo Braz exerceu dois mandatos como deputado federal pelo PP, atual Progressistas, entre 2011 e 2018. Foto: Câmara

O ex-deputado federal Renzo Braz (Progressistas), primeiro suplente de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no Senado, afirmou que, até o início da tarde desta segunda-feira (3), não foi comunicado sobre a possibilidade de se tornar senador, diante das articulações que envolvem a possível ida de Pacheco para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), no governo Lula (PT).

Rumores sobre a reforma ministerial ganharam força após a eleição de Davi Alcolumbre (União-AP) como novo presidente do Senado. Fontes ouvidas pelo jornal Valor Econômico indicam que Pacheco teria sido sondado por emissários de Lula para assumir a pasta atualmente ocupada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Caso a movimentação se concretize, Renzo Braz herdaria a cadeira de Pacheco no Senado.

Procurado por O Fator, Renzo Braz afirmou que não recebeu qualquer comunicação oficial ou extraoficial sobre a possibilidade de assumir a vaga.

Trajetória de Renzo Braz

Renzo Braz exerceu dois mandatos como deputado federal pelo PP, atual Progressistas, entre 2011 e 2018.

Em 2018, Braz seria candidato ao Senado na chapa em que Rodrigo Pacheco disputaria o governo de Minas. No último dia de inscrição de candidaturas, no entanto, um acordo selado entre direções partidárias do PP, Democratas e do PSDB levou Pacheco ao Senado e Braz à primeira suplência.

Desde então, o ex-deputado afastou-se da política e tem se dedicado à gestão de empresas do grupo Lider, conglomerado empresarial do qual faz parte.

Reforma

A possível troca de comando no Mdic faz parte de uma articulação política que busca fortalecer o diálogo do governo federal com setores empresariais e com lideranças políticas de estados estratégicos. Um aliado de Pacheco, ouvido pelo Valor Econômico, destacou que o senador mineiro poderia desempenhar um papel relevante à frente da pasta, especialmente em Minas Gerais, aproximando empresários locais do governo. Atualmente, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) mantém uma relação mais estreita com o governador do Estado, Romeu Zema (Novo), e com lideranças da direita.

Em entrevista na última quinta-feira (30), Lula evitou confirmar os rumores sobre a ida de Pacheco para o Mdic, mas elogiou o ex-presidente do Senado. Segundo o presidente, Pacheco tem potencial para disputar o governo de Minas Gerais em 2026, oferecendo uma liderança de centro contra o predomínio de forças políticas ligadas ao campo da direita no estado.

Expectativa

O desfecho das negociações dependerá das próximas reuniões entre o governo e lideranças políticas. Enquanto isso, Renzo Braz adota postura discreta e aguarda uma definição. Indiretamente, a decisão pode implicar em um retorno à política nacional para o ex-deputado, que deixou a vida pública em 2018. Nos bastidores, comenta-se que a possível entrada de Renzo no Senado ocorreria em um momento estratégico, já que ele poderia herdar parte do capital político de Pacheco, especialmente em Minas Gerais, onde ambos possuem forte atuação política.

A confirmação, contudo, segue em suspenso, e não há prazo para a oficialização das mudanças na equipe ministerial de Lula.

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