O novo prefeito de Caeté, Alberto Pires, e seu vice, Diemerson Porto (ambos do Avante), deixaram “tudo em casa” nomeando suas respectivas parceiras para cargos estratégicos da gestão.
A nomeação de Tayza Gomes — mulher do vice-prefeito — como secretária municipal de Turismo, Cultura e Patrimônio foi anunciada nesta segunda (10), no Instagram do próprio vice.
Antes dela, a namorada do prefeito, Fernanda Rodrigues, foi nomeada secretária municipal de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente.
Esses laços contemplam também a família do ex-prefeito Lucas Coelho (Avante), que indicou Alberto para sua sucessão. Também ontem, seu filho, Rian Coelho, foi anunciado secretário municipal de Esportes.
Antes disso, a esposa do ex-prefeito, Úrsula Ângela Coelho, havia sido nomeada secretária municipal de Ação Social.
Úrsula, aliás, também já foi secretária municipal de Educação durante a gestão do marido.
A prática de nepotismo, ou seja, a contratação de parentes até o 3º grau em cargos públicos comissionados é proibida desde 2008. E, embora soe estranha a nomeação da namorada do prefeito e da esposa do vice, esse caso não se enquadra como nepotismo no entendimento do Supremo Tribunal Federal.
O STF permite a nomeação de parentes para cargos de 1º escalão, como no caso de secretários municipais, estaduais e ministros, que são considerados cargos políticos, com indicação livre pelo gestor.
O Fator entrou em contato com a Prefeitura de Caeté para obter uma posição do prefeito sobre as nomeações, assim como informações sobre a formação acadêmica de cada um dos nomeados e sobre eventual atuação prévia deles no segmento antes do cargo que atualmente desempenham. Até a publicação desta matéria, a prefeitura não havia se manifestado