A reforma administrativa enviada pelo prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), à Câmara Municipal, será votada em segundo turno no início de dezembro. Segundo apurou O Fator, o texto chegará ao plenário para a última instância de análise em 2 de dezembro.
A próxima semana será destinada a debates relacionados ao texto nas comissões temáticas da Câmara. O texto está sob o guarda-chuva da Comissão de Administração Pública, que fará uma sessão na tarde de segunda-feira (25) para tratar do assunto. O relator é Wagner Ferreira (PV), um dos vice-líderes do Executivo no Parlamento.
Depois, os colegiados de Orçamento e Finanças e de Meio Ambiente também vão avaliar as mudanças pretendidas por Fuad.
O cerne do projeto de lei está na criação de quatro secretarias: Mobilidade Urbana, Segurança Alimentar e Nutricional, Administração Logística e Patrimonial e a Secretaria-Geral.
Ainda conforme as bases da reforma, a prefeitura passaria a contar com duas novas coordenadorias — voltadas às demandas de vilas e favelas e ao combate às demandas climáticas. A lista de regionais também cresceria, uma vez que há o objetivo de criar uma administração local para o hipercentro.
Como já mostrou O Fator, a tendência é que a maioria das novas pastas sejam preenchidas por nomes técnicos. A Secretaria de Segurança Alimentar, anteriormente uma subpasta do setor de Assistência Social, pode ter um nome filiado ao PT, embora ainda não haja martelo batido.
Nos bastidores, a avaliação é que o avanço da reforma administrativa pode fazer andar não apenas as articulações sobre as indicações para o segundo mandato de Fuad, mas também as conversas a respeito da eleição para a presidência da Câmara. Até aqui, apenas Juliano Lopes (Podemos) se colocou como candidato.