A opinião de Cleitinho sobre a filiação de Kalil ao Republicanos

Senador é filiado ao partido e tido como potencial candidato ao governo de Minas em 2026
O senador Cleitinho Azevedo.
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Cleitinho Azevedo, do Republicanos, disse, nesta sexta-feira (26), que não pretende deixar o partido por causa do acordo pela filiação,  à legenda, do ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. Paralelamente, interlocutores admitem que o cenário pode mudar por causa da disputa pelo governo de Minas Gerais em 2026, caso Kalil seja o escolhido do Republicanos para a disputa.

“Não mando neste partido. Só estou filiado a ele. Não muda nada para mim. O dia que não me quiserem, saio”, afirmou, a O Fator.

A afirmação de Cleitinho casa com o que aliados do senador têm dito nos bastidores. Até aqui, o Republicanos tem garantido independência ao parlamentar para votações no Senado Federal. A avaliação de Cleitinho — e de seu grupo — é que se a autonomia continuar sendo conferida pela legenda, não há motivos para uma desfiliação.

Nos termos do acordo de Kalil com dirigentes do Republicanos, ele poderia construir uma candidatura ao governo de Minas Gerais em 2026. 

Cleitinho, tido como um nome viável para a disputa pela sucessão de Romeu Zema (Novo), tem dito a apoiadores que a decisão sobre a participação na próxima corrida eleitoral está condicionada ao aval do eleitorado. Se sondagens eleitorais indicarem que uma eventual candidatura é viável, o senador apresentará o projeto ao Republicanos. Caso não haja aval da legenda, uma possível migração partidária passaria a ser considerada.

Kalil e Cleitinho, vale lembrar, estiveram em palanques opostos na eleição nacional de 2022. Enquanto o ex-prefeito apoiou Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o parlamentar esteve com Jair Bolsonaro (PL).

Como já mostrou a reportagem, o acordo por Kalil ampliou dissonâncias internas no Republicanos. O trato com o ex-prefeito foi costurado pelo deputado federal Gilberto Abramo, ex-presidente estadual do partido, e pelo ex-deputado estadual Adalclever Lopes. A articulação, entretanto, desagradou o atual presidente do partido no em Minas, o também deputado Euclydes Pettersen.

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