O ex-presidente da Gasmig, Pedro Magalhães, se explicou das acusações que constam em ação civil pública, do Ministério Público do Estado, por improbidade administrativa. A promotoria relata que ele supostamente atuava como funcionário fantasma na Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge).
Pedro Magalhães argumenta que, quando estava na presidência da Codemge, desempenhou papéis de articulação ligados à empresa na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e no Tribunal de Contas do Estado (TCE/MG).
Afirma, ainda, que atuou nas discussões pela privatização da Gasmig, para que a Companhia continuasse tendo participação do Estado com garantias de investimentos na distribuição de gás. Além disso, Magalhães diz que conduziu as discussões para investimentos da Cemig em Minas Gerais.
Já no TCE, Magalhães afirmou que atuou para derrubar decisões dentro da Corte que bloqueavam a venda de ativos da Codemge.
Sobre as alegações do Ministério Público de que ele não comparecia à sede da empresa em Belo Horizonte e não exercia expediente regular no local, Magalhães afirmou que recebeu autorização para o “trabalho remoto”, que foi instituído após a crise sanitária da Covid-19, em 2020.
Pedro Magalhães afirma que, devido ao home Office, não residia em Belo Horizonte, porém, constantemente, estava na capital mineira em reuniões de interesse da Codemge.
O ex-presidente da Gasmig espera que as testemunhas arroladas por sua defesa sejam ouvidas durante o processo. Segundo ele, os depoimentos delas seriam conclusivos sobre a sua atuação na empresa.