Aliados de Rogério Correia culpam escritório de advocacia por processos contra jornais de BH

Auxiliares do candidato do PT à prefeitura dizem que coordenação de campanha foi pega de surpresa com ações judiciais
O deputado federal Rogério Correia
Rogério Correia desistiu de ações contra jornais de BH. Foto: Luiz Santana/ALMG

Auxiliares do deputado federal Rogério Correia, que concorre pelo PT à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), atribuem, ao escritório de advocacia contratado para prestar assistência jurídica à campanha, a decisão de acionar, na Justiça, veículos de imprensa que noticiaram articulações de lideranças de partidos de esquerda em prol do “voto útil” em Fuad Noman (PSD). Segundo aliados, Rogério foi pego de surpresa com as ações, determinando a retirada das peças.

Sediado em Brasília (DF), o escritório tinha, até o episódio, autonomia para tocar as ações que julgasse necessárias. Mas os quatro processos movidos — três contra o jornal “Estado de Minas” e um contra o jornal “O Tempo” — teriam sido pensados pela equipe jurídica como uma espécie de reação ao que entenderam ser uma queda nas tendências de voto do petista, identificados por pesquisas internas encomendadas pela campanha.

“Rogério está com a cabeça na rua e na conversa com lideranças. Não se ocupa de conhecer todas as ações movidas pelo jurídico”, disse um interlocutor da campanha do PT ouvido por O Fator.

Entre os aliados do deputado federal, a versão propagada é de que o escritório teria feito um levantamento de matérias que pudessem ter viés negativo para Rogério e, então, acionado a Justiça em busca de “estancar” uma eventual migração do eleitorado.

Ainda segundo apurou a reportagem, a coordenação de campanha só teria tomado conhecimento dos processos quando o caso ganhou repercussão negativa. No comitê de Rogério, a decisão de ingressar com as ações foi interpretada como um erro crasso.

Voto útil

As articulações para convencer eleitores de centro-esquerda e esquerda a votar em Fuad — e não em Rogério ou Duda Salabert (PDT) — foram noticiadas, inclusive, por O Fator. A avaliação é que o prefeito, candidato à reeleição, é o único nome que, segundo as pesquisas, teria capacidade de evitar um segundo turno entre Mauro Tramonte (Republicanos) e Bruno Engler (PL), filiados a partidos à direita.

O PV, que compõe uma federação com PT e PCdoB e faz parte, formalmente, da coligação de Rogério, é uma das forças políticas que decidiu embarcar na campanha de Fuad.

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