ALMG: após vista de deputado do Novo, projeto para barrar pedágios na Grande BH não tem previsão de votação

Texto deixou pauta de análises da CCJ no mês passado, após Zé Laviola pedir tempo para se inteirar da ideia
Foto mostra a MG-010
MG-010 compõe lote de concessões do Vetor Norte. Foto: DER-MG/Divulgação

O projeto de lei que barra a instalação de praças de pedágios em rodovias estaduais da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) ainda não tem data para voltar à pauta de votações da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O texto seria analisado em uma sessão no último dia 25, mas o deputado estadual Zé Laviola (Novo), correligionário do governador Romeu Zema, pediu vista ao projeto, adiando a votação.

Segundo o regimento da ALMG, o pedido de vista tem duração de 24 horas. O período serve para que um parlamentar se aprofunde no conteúdo de um projeto. O retorno do texto à pauta de votações da CCJ, contudo, depende de um acordo entre as lideranças da Casa.

Antes do pedido de vista, o presidente da CCJ, Doorgal Andrada (PRD) apresentou aos colegas um parecer pela aprovação da proposição.

A vista solicitada por Laviola atendeu a um pedido do governo Zema, que defende a instalação dos pedágios. A mobilização de deputados contra a cobrança aos motoristas surgiu depois de o Executivo estadual anunciar a concessão, à iniciativa privada, de mais de 140 quilômetros de estradas estaduais do Vetor Norte da Grande BH.

O projeto de Bruno Engler não é o único a tratar do tema na ALMG. Também no mês passado, uma articulação liderada por Bella Gonçalves (Psol) e apoiada por outros 31 parlamentares gerou a apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para vetar os pedágios na Região Metropolitana.

Governo se defende

Apesar das críticas feitas por alguns deputados, Zema e integrantes de seu governo defendem a instalação dos pedágios.

Em 27 de fevereiro, durante reunião com parlamentares, o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Pedro Bruno, pregou a favor da medida. Ele detalhou aos parlamentares a estratégia a ser adotada no Vetor Norte. O modelo baseado na estratégia de pórticos. A ideia é que os motoristas paguem tarifas conforme o tamanho do trecho percorrido. 

O projeto prevê a instalação de 12 dispositivos ao longo dos mais de 120 quilômetros a serem entregues à iniciativa privada. Os pórticos servirão para calcular o preço devido pelos condutores.

“É para ser o mais justo possível, para que cada um possa pagar pelo que utiliza”, afirmou.

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