ALMG: o recálculo de rota da oposição que gerou mexidas no PL do Ipsemg

Com mudança sobre uso de imóveis do instituto, projeto já pode ser votado em segundo turno por deputados
Deputados conversam durante reunião na Assembleia
Assembleia fez mudanças em projeto que trata do Ipsemg. Foto: Luiz Santana/ALMG

Antes decidida a não apresentar emendas ao projeto de lei que reajusta as contribuições ao Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), a coalizão de oposição ao governo Zema na Assembleia Legislativa (ALMG) mudou de rota e resolveu propor mudanças no texto. Nesta terça-feira (3), após acordo em torno de uma emenda apresentada por Beatriz Cerqueira (PT), o texto sofreu uma alteração significativa, com a retirada de artigo que autorizava o Executivo a vender seis imóveis ligados ao instituto.

Cinco dos seis terrenos estão localizados em Belo Horizonte. Outro, fica em São João del-Rei, na Região Central de Minas.

A emenda da oposição foi inserida durante reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia. Como já havia mostrado O Fator, o comitê já debatia a possibilidade de fazer alterações no texto sobre o Ipsemg. Agora, o aumento das contribuições poderá ser votado em plenário em segundo turno — o que, se depender da base governista, deve acontecer ainda nesta semana.

Durante a tramitação em primeiro turno, a oposição a Zema decidiu não apresentar emendas ao texto do Ipsemg por entender que não havia meios suficientes de melhorar a proposta. Por isso, a fim de evitar que as “digitais” dos parlamentares fossem deixadas no projeto, houve a opção pela não sugestão de mudanças.

Depois da primeira votação em plenário, entretanto, os oposicionistas passaram a considerar a possibilidade de pleitear mudanças na proposta. A ideia, segundo Beatriz Cerqueira, é lançar mão de uma estratégia de “redução de danos”

Nesta terça, o grupo também emplacou emenda que autoriza servidores que perderam a opção de segurados ao Ipsemg por terem se aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) a utilizarem os serviços de saúde ofertados pelo instituto.

O que pode mudar para os servidores?

Nos termos atuais, o projeto reivindica que o piso das contribuições ao instituto passe  de R$ 33,02 para R$ 60. 

O teto, por seu turno, subiria de R$ 275,15 para R$ 500.

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