O grupo político à frente das tratativas para refundar o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) espera concluir o processo de legalização da sigla em setembro. A estimativa, feita pelo ex-deputado federal Vivaldo Barbosa, que lidera as articulações para o renascimento da agremiação, foi repassada nessa quinta-feira (20) a lideranças de Minas Gerais que atuam em prol da refundação do PTB.
O núcleo, que no estado é liderado pelo ex-deputado Mário Assad Júnior, presidente do PSB mineiro em parte de 2023, se reuniu nessa quinta-feira para oficializar a entrega, a Vivaldo, de um documento com as assinaturas de eleitores de Minas que concordam com a refundação do partido.
No estado, mais de 51 mil cidadãos subscreveram o abaixo-assinado. No plano nacional, uma nova legenda precisa conseguir o apoio de ao menos 547.455 mil eleitores, que devem estar espalhados por no mínimo nove unidades da federação.
A ideia de Vivaldo é refundar o PTB sob as bases originais. O partido, cabe lembrar, nasceu para abrigar políticos à esquerda, como os ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulart e o ex-governador Leonel Brizola, que comandou os Executivos de Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Da década de 1980 até os anos 2020, entretanto, a sigla petebista foi caminhando em direção à direita. Brizola disputou o direito de retomar a agremiação ao fim do bipartidarismo, mas o partido foi entregue a Ivete Vargas, sobrinha de Getúlio. Nos últimos anos de existência, a antiga versão da legenda atuou como linha auxiliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente do PTB, Roberto Jefferson, se notabilizou por ser um dos mais entusiasmados apoiadores de Bolsonaro.
O PTB de Jefferson deixou de existir no fim de 2023, quando foi incorporado ao Patriota para dar origem ao Partido Renovação Democrática (PRD).