Assembleia de Minas vai financiar projetos para conter impactos da crise climática

Em parceria com o BH-Tec, edital prevê destinação de R$ 60 mil para o desenvolvimento de ações inovadoras
Foto: Rafa Neddemeyer/Agência Brasil
Tragédia no Rio Grande do Sul também foi consequência da crise climática Foto: Rafa Neddemeyer/Agência Brasil

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) publicou, nesta quarta-feira (4), edital de concorrência pública para financiar projetos de inovação com foco no enfrentamento às crises climáticas. Para isso, a ALMG firmou parceria técnica com o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec). O programa visa selecionar e apoiar o desenvolvimento de até dez propostas de soluções que possam contribuir para prevenir, evitar ou minimizar as causas e efeitos das mudanças climáticas no Estado.

Cada uma das soluções escolhidas terá direito a um prêmio de R$ 60 mil, além de participação em programa de aceleração promovido pelo BH-Tec. Podem participar da seleção pessoas físicas ou jurídicas de todo o país. As inscrições estão abertas até o dia 17 de outubro.

As iniciativas devem, necessariamente, se enquadrar em algum dos sete temas definidos no edital, sendo eles preservação do meio ambiente; segurança hídrica; agricultura sustentável; energia limpa e eficiência energética; direito à saúde e à alimentação adequada; monitoramento, alerta e resiliência em situações de mudanças climáticas; e inclusão produtiva e geração de renda nos locais impactados.

De acordo com o presidente da ALMG, deputado Tadeu Leite (MDB), a extensão territorial de Minas Gerais submete o Estado às mais variadas ações climáticas, como longas estiagens, chuvas torrenciais, calor extremo e até incidência de geadas. “Daí a importância desse edital que a Assembleia de Minas está lançando para fomentar projetos de inovação tecnológica e propor uma agenda de trabalho legislativo diante da crise climática que vivemos”, afirmou Tadeuzinho.

Ao longo do primeiro semestre deste ano, a Casa promoveu um seminário técnico que percorreu todas as regiões de Minas com o intuito de identificar ações e projetos voltados aos impactos provocados por alterações climáticas. Essa jornada envolveu mais de 70 entidades, entre centros de pesquisa, universidades, entidades civis e associações comunitárias. Foram elencadas cerca de 300 diretrizes, reunidas em um relatório elaborado pelo corpo técnico da ALMG.

“São iniciativas inovadoras, que vão desde grandes projetos de irrigação de larga escala, até soluções simples de prevenção a enchentes, por exemplo. Muitas dessas boas práticas podem e devem ser replicadas nas diferentes regiões do Estado. Como não se pode impedir a ocorrência de fenômenos naturais, é importante partir da premissa da convivência com a crise climática”, explicou o presidente da ALMG.

Problema mundial

Minas, o Brasil e o mundo têm sofrido com o agravamento de eventos climáticos extremos nos últimos anos. No Estado, diversas regiões são afetadas gravemente, o que impacta segmentos importantes como a agropecuária, além de provocar mortes e diversos prejuízos materiais. São muitas as perdas econômicas, sociais e ambientais.

Atualmente, no Estado, os focos de incêndio estão entre os principais desafios para a população e o poder público. Apenas entre esta segunda-feira (2) e a tarde desta terça-feira (3), o Corpo de Bombeiros atendeu mais de 400 ocorrências de queimadas em vegetação em Minas. Nesta quarta-feira (4), cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte amanheceram com o céu coberto por uma névoa espessa, resultante da estiagem prolongada, agravada pelas queimadas.

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