Campanha de Fuad tenta atrair PSDB, que ainda avalia lançar João Leite à PBH

PSD tem conversas em andamentos com tucanos, que já lançaram ex-deputado como candidato em 2016
João Leite discursa durante evento na Assembleia Legislativa.
João Leite pode disputar a Prefeitura de BH pelo PSDB. Foto: Willian Dias/ALMG

A pouco mais de um mês do início da janela de convenções partidárias, o PSDB ainda debate o que fará na eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Internamente, lideranças tucanas ainda debatem uma possível candidatura do ex-deputado estadual João Leite, mas interlocutores ligados ao prefeito Fuad Noman (PSD), que tentará a reeleição, tentam conseguir o apoio do PSDB. Segundo apurou a reportagem, há conversas em andamento entre as duas legendas.

O martelo ainda não está batido. João Leite é bem avaliado pelos correligionários. Prova disso é que, em março, lideranças nacionais tucanas, como o presidente nacional, Marconi Perillo, e o deputado federal Aécio Neves (MG), estiveram em Belo Horizonte para um evento que teve a pré-candidatura do ex-deputado como um dos assuntos.

À ocasião, Leite deixou a possibilidade em aberto, mas destacou compromissos profissionais assumidos por causa do trabalho que tem desenvolvido no setor ferroviário.

Um dos trunfos da campanha de Fuad na busca por uma aproximação ao PSDB é o ex-deputado federal Danilo de Castro, que exerceu mandatos pela agremiação. Castro, hoje, atua na coordenação do grupo que apoia a reeleição do prefeito. 

Nos bastidores, a avaliação é que o PSD quer o apoio dos tucanos, mas sem ceder tanto ao PSDB. Embora a ideia seja prestigiar o partido, o plano envolve não permitir eventual interferência de Aécio.

Por outro lado, em que pese os compromissos profissionais, João Leite tem sinalizado que ainda deseja apresentar propostas para Belo Horizonte.

Ídolo do Atlético, o “goleiro de Deus” disputou a Prefeitura de BH em três ocasiões. Na última vez, em 2016, perdeu para Alexandre Kalil — então no PHS — no segundo turno.

Até aqui, Fuad já tem assegurados os apoios de três partidos: União Brasil, que deve indicar o vice, Solidariedade e PRD, fruto da incorporação do extinto PTB ao Patriota.

O PSDB, por sua vez, compõe uma federação partidária com o Cidadania. Por isso, conforme manda a Justiça Eleitoral, os partidos deverão seguir juntos na eleição deste ano. Apesar da existência da coalizão, a decisão sobre os rumos do grupo na disputa pelo Executivo deve ficar mais a cargo dos tucanos, uma vez que o Cidadania, por acordo interno, ganhou a prioridade de eleger candidatos à Câmara Municipal.

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