Empresas mineiras do ramo calçadista são acusadas de sonegar R$ 40 milhões

Operação do MP apura uso de laranjas para compra de resinas sem nota fiscal em SP
Operação contou com o apoio de diversas autoridades. Foto: MPMG/Divulgação.

O Ministério Público (MP) deflagrou na manhã desta quinta-feira, 1, a operação Resina Dura em duas cidades do Centro-Oeste mineiro. Empresas de Nova Serrana e Araújos que fornecem resina para fabricação de calçados são acusadas de sonegar aproximadamente R$ 40 milhões em impostos. A investigação também inclui lavagem de dinheiro.

“A fraude é operacionalizada através de associação criminosa que se utiliza de diversas empresas de fachada e de interpostas pessoas físicas (laranjas) para a compra de resina no estado de São Paulo, sem a emissão de nota fiscal ou se valendo de notas fiscais subfaturadas”, explicou o MP.

O Fator apurou que 14 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Nova Serrana, Araújos e Jundiaí/SP. 

Detalhes

Além do crime de sonegação fiscal, os investigados podem responder por associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

“Foram alvo as residências dos gestores do grupo econômico que se beneficiaram da fraude e dos membros da associação criminosa, bem como as empresas utilizadas no esquema criminoso”, acrescenta o órgão.

A Justiça ainda sequestrou 21 veículos e 55 bens imóveis dos investigados. 

A operação foi desenvolvida pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA). A força-tarefa ainda contou com o MP, por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet), Receita Estadual, Advocacia-Geral do Estado, Tribunal de Justiça e Polícias Civil e Militar.

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