Faturamento da indústria mineira cresce pelo terceiro mês consecutivo

Estudo da Fiemg pontuou desempenho das principais áreas industriais no Estado
Produção industrial em Minas Gerais atinge 51,4 pontos em abril
Apesar da queda, empresários seguiram confiantes pelo 21º mês consecutivo. Foto: Agência Brasil

Pesquisa de Indicadores Industriais feita pela Federação das Indústrias de Minas (FIEMG) aponta que a indústria do Estado registrou um aumento de 1,9% no faturamento em agosto de 2024, em comparação com julho. O relatório destaca que “esse foi o terceiro mês seguido de alta do indicador, que apresentou avanço em cinco dos oito meses analisados em 2024”.

Principais resultados

A FIEMG reporta os seguintes dados em seu estudo:

  • O faturamento da indústria geral (transformação + extrativa) aumentou 1,9% em agosto
  • As horas trabalhadas na produção diminuíram 0,7%
  • A utilização da capacidade instalada (UCI) recuou 2,1 pontos percentuais
  • O emprego manteve-se relativamente estável
  • A massa salarial e o rendimento médio real dos trabalhadores apresentaram queda

O estudo atribui o aumento no faturamento a “uma maior quantidade de pedidos em carteira”.

O relatório da FIEMG apresenta dados específicos para diferentes setores:

Indústria Extrativa Mineral

  • Faturamento real cresceu 10,5% em relação a julho e 34% em comparação com agosto de 2023
  • Emprego aumentou 0,9% no mês e 4,1% no ano
  • Horas trabalhadas na produção subiram 0,8% em relação ao mês anterior

Indústria de Transformação

  • Faturamento real cresceu 0,8% em relação a julho e 5,1% em comparação com agosto de 2023
  • Emprego manteve-se estável no mês, mas cresceu 1,8% no ano
  • Horas trabalhadas na produção caíram 2,2% em relação ao mês anterior

Perspectivas e desafios

O relatório pontua que “o setor industrial deve continuar apresentando resultados positivos nos próximos meses”. No entanto, alerta para incertezas que podem afetar esse desempenho, “especialmente aquelas relacionadas às contas públicas”.

A FIEMG destaca em seu estudo que “a insegurança fiscal, somada à atividade econômica em alta, levou o Banco Central a adotar uma postura mais cautelosa na condução da política monetária, resultado em um aumento da taxa Selic”. O relatório adverte que “essa decisão pode limitar a expansão das atividades mais dependentes de crédito, como o consumo de bens duráveis e os investimentos em capital fixo”.

O documento da FIEMG conclui que “os dados acumulados de janeiro a agosto indicam uma boa performance da atividade econômica em 2024, puxada pelo consumo das famílias e pelos investimentos”. A federação explica que “o consumo foi sustentado pelo crescimento da renda – dado o mercado de trabalho aquecido e as políticas de transferência de renda em níveis elevados – e pelas condições mais favoráveis de crédito”.

A pesquisa, que contou com a participação de 180 empresas, oferece um panorama abrangente do setor industrial mineiro, destacando tanto os avanços quanto os desafios enfrentados pelo setor no atual cenário econômico.

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