Governo Trump considera fechar escritório dos EUA em BH, diz jornal

Escritório funciona em prédio da FIEMG; consulado prometido por Hillary Clinton foi cancelado em 2018
Fachada do prédio velho da FIEMG
Prédio velho da FIEMG: escritório dos EUA na mira do governo Trump. Reprodução/Google Street View

O governo Donald Trump está considerando fechar uma série de consulados dos Estados Unidos pelo mundo, incluindo o escritório diplomático em Belo Horizonte.

A informação foi revelada pelo jornal americano Politico na quinta retrasada (27), antes do Carnaval.

Ontem e hoje (7), outros veículos da imprensa internacional publicaram reportagens semelhantes.

“Os alvos mencionados [para serem fechados] são Rennes, Lyon, Estrasburgo e Bordeaux, na França; Dusseldorf, Leipzig e Hamburgo, na Alemanha; Florença, na Itália; Ponta Delgada, em Portugal; e Belo Horizonte, no Brasil”, informou o Politico.

Citando fontes do Departamento de Estado, o New York Times e a Reuters também relataram o plano de cortes na diplomacia americana.

O Times citou que a lista “inclui um consulado no Brasil”, sem informar a cidade. A Reuters diz que o “consulado” em BH está na lista.

BH não tem um consulado americano, mas um escritório diplomático, que tem parte das funções de um consulado mas não emite vistos.

O escritório funciona em um dos prédios da FIEMG, no bairro Funcionários.

Em 2012, durante o governo Obama, a então secretária de Estado Hillary Clinton anunciou a abertura de dois novos consulados no Brasil: em BH e Porto Alegre.

O consulado em Porto Alegre foi inaugurado em 2017. O de BH nunca foi aberto.

Em março de 2018, em visita a BH, o então embaixador P. Michael McKinley disse à imprensa que o consulado estava cancelado.

Em 2020, no fim do primeiro governo Trump, a diplomacia americana fechou o Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto (CASV) que funcionava em BH, na Rua Maranhão, no Santa Efigênia. O CASV foi inaugurado em 2012.

Procurada, a Embaixada dos EUA em Brasília não respondeu imediatamente às perguntas de O Fator.

Um porta-voz do Departamento de Estado enviou uma resposta genérica, dizendo que o governo “continua avaliando nossa postura global para garantir que estejamos melhor posicionados para enfrentar os desafios modernos em nome do povo americano”.

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