Até a última segunda-feira (30), os incêndios florestais em Minas Gerais afetaram diretamente 645 mil pessoas e provocaram mais de R$ 131,7 milhões em prejuízos econômicos. São 20 municípios mineiros em situação de emergência devido aos incêndios florestais neste período. Os dados constam do novo boletim divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), que revela um cenário alarmante não apenas para o estado, mas para todo o país.
O impacto em Minas Gerais é parte de uma crise nacional mais ampla. De acordo com o boletim da CNM, o Brasil registrou 684 municípios em situação de emergência devido a incêndios florestais entre 1º de janeiro e 30 de setembro de 2024. No total, 18,9 milhões de brasileiros foram afetados, com prejuízos econômicos superando R$ 2 bilhões.
A situação em 2024 apresenta um contraste dramático com o ano anterior. Enquanto em 2023 os prejuízos totais no período de janeiro a setembro somaram R$ 36,1 milhões, em 2024 esse valor saltou para mais de R$ 2 bilhões, representando um aumento exorbitante de 286 mil por cento.
O período de agosto a setembro de 2024 foi particularmente crítico, tanto em Minas Gerais quanto no restante do país. A CNM destaca que estes meses foram atípicos, apresentando valores muito acima do padrão observado em anos anteriores. Em Minas Gerais, todos os 20 municípios que decretaram situação de emergência o fizeram neste período de dois meses.
O impacto humano desses eventos é igualmente alarmante. Dos 18,9 milhões de brasileiros afetados em 2024, 10,7 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas. A CNM alerta que este número pode ser ainda maior, já que muitos municípios não forneceram informações completas sobre desalojados e desabrigados. Além disso, cinco vidas foram perdidas como resultado direto desses incêndios.